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Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) o comportamento suicida compreende desde o
planejamento do ato, as tentativas e até mesmo o êxito quando atingir a finalidade, sendo um
grave problema de saúde pública. No mundo cerca de 800 mil pessoas comentem suicídio
anualmente, sendo a segunda causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos. Já no Brasil, Santa
Catarina encontrase em segundo lugar em relação a taxa de óbitos por suicídio, com uma taxa
de 8,62 óbitos a cada 100 mil habitantes, conforme dados de 2015. O suicídio é considerado
uma forma de morte violenta, por isso, casos de óbito por suicídio devem passar por análise do
Instituto Geral de Perícia de Santa Catarina (IGP/SC). Desta forma, o presente estudo
apresentou como objetivo principal analisar o perfil epidemiológico dos suicídios cometidos
entre o ano de 2015 a 2020 registrados pelo IGP/SC. O trabalho é quantitativo, descritivo e
retrospectivo, sendo utilizados os dados obtidos do setor de toxicologia forense do IGP/SC, a
partir de uma planilha de registro interno dos casos. Com a realização do presente estudo, foi
observada uma taxa de suicídio de 11,44 óbitos a cada 100 mil habitantes no estado de Santa
Catarina. A porcentagem de casos do sexo masculino aumentou ao longo dos anos analisados,
chegando a 82,2% no ano de 2020, em relação ao sexo feminino. Os casos envolvendo cocaína
apresentaram uma prevalência de mais de 90% em homens. Ainda, foi constatado um acréscimo
do número de suicídios conforme o aumento da idade, com um ápice na faixa etária de 50 a 59
anos, seguido de um decréscimo. A mesorregião com maior taxa de suicídio foi o oeste
catarinense, com 15,71 óbitos/100 mil habitantes e com menor taxa o norte catarinense com
7,61 óbitos/100 mil habitantes. A análise toxicológica mostrouse positiva para 43,18% dos
casos e a dosagem alcóolica foi detectada em 27,49% dos suicídios. Em relação ao ano de 2020,
apesar das consequências da pandemia de COVID19, não foi observado aumento expressivo
de casos de suicídio em relação aos anos anteriores. Os dados mostraram, portanto, que se deve
dispensar uma atenção especial aos casos de suicídio que são crescentes no estado, sendo
necessário discussões de medidas preventivas e/ou ações de saúde pública embasadas nos dados
levantados. |
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