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Abstract:
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Introdução: a eliminação vesical e intestinal são necessidades biológicas importantes para o
ser humano, e o controle sobre elas deve ser parte fundamental no quotidiano de cuidados da
pessoa com lesão medular. Objetivo: investigar o padrão vesico-intestinal de pessoas com
lesão medular pós-programa de reabilitação e conhecer os cuidados vesicais e intestinais no
quotidiano domiciliar. Metodologia: estudo quali-quantitativo, exploratório e descritivo
desenvolvido com 121 pessoas com lesão medular de um centro de reabilitação referência no
sul do Brasil. A coleta de dados foi por meio de entrevistas individuais guiadas por meio de
um roteiro semi-estruturado. Os dados quantitativos foram organizados em planilha do
programa Excel for Windows, versão 7 e transferidos para o software International Business
Machines Corporation (IBM) – Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 25.
Para os dados qualitativos utilizou-se o método de Análise de Conteúdo Temática de Bardin.
Resultados: houve predomínio do sexo masculino (71,9%), com idade média de 43 anos e
escolaridade média de 9 anos. Quanto à etiologia da lesão medular, 94 (77,7%) participantes
tiveram lesão medular traumática, a maior parte decorrentes de acidentes de trânsito. Dos 27
com lesão medular não traumática 19 (40,4%) apresentavam continência vesical e dos 94
pacientes com lesão medular traumática, 56 (59,6%) apresentavam continência vesical. O
método predominante de escolha para o esvaziamento vesical foi o cateterismo vesical
intermitente limpo para 99 (81,8%). Houve prevalência de continência intestinal no grupo de
pessoas com lesão medular traumática (77,7%) e no grupo de pessoas com lesão medular não
traumática (22,3%). O local de eliminação prevalente para os sujeitos com padrão intestinal
continente foi o vaso sanitário 68 (85%), seguido do chuveiro 12 (15%). A massagem
abdominal foi prevalente entre os grupos com padrão de continência intestinal 57 (48,3%) e
de constipação 27 (50,9%), seguido de estimulação dígito-anal 35 (29,7%) e 17 (32,1%),37
respectivamente. Quanto às rotinas de cuidados vesicais e intestinais no quotidiano domiciliar
pós-programa de reabilitação, observou-se cuidados, referentes à alimentação, ingesta hídrica,
higiene corporal, manobras e métodos de esvaziamento. Conclusão: o padrão vesical e
intestinal foi de continência entre os indivíduos. Os cuidados vesico-intestinais no quotidiano
domiciliar pós-programa de reabilitação foram predominantementes comportamentais e não invasivos. |
