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O conceito de estilo de vida pode ser considerado por alguns autores como a forma que o indivíduo reflete os seus valores no modo de se expressar, identificar, relacionar e se comportar na sua rotina. Os fatores associados aos estilos de vida podem ser individuais, sociais, econômicos e demográficos. Os fatores individuais podem ser definidos como o conjunto de comportamentos realizados no cotidiano de um indivíduo que podem contribuir para uma saúde positiva ou atuar como um fator de risco à saúde. Ao falar da população universitária brasileira, as demandas exigidas no processo do ensino superior podem favorecer um estilo de vida com comportamentos de risco e prevalência de doenças. Adicionalmente, vale destacar que o atual cenário causado pela pandemia da COVID-19, marcado pelo distanciamento social, pode impactar diretamente no estilo de vida dos universitários. Portanto, o objetivo geral deste estudo foi analisar o estilo de vida de universitários do Sul do Brasil durante o período de pandemia do COVID-19, de acordo com o sexo, a área de conhecimento cursada e com o estado de residência. O presente estudo apresentou corte transversal, de abordagem quantitativa e objetivos descritivo-comparativos. A coleta de dados foi feita com universitários do sul do país, acima de 18 anos, de ambos os sexos a partir da aplicação de um questionário virtual. Foram analisadas as respostas de 476 estudantes, em sua maioria mulheres (73,5%), do estado de Santa Catarina (47,5%) e da área da Saúde (47,3%). A maior parte dos estudantes da amostra apresentou prática insuficiente de atividade física moderada e vigorosa, alimentação não saudável e muitas horas em comportamento sedentário em frente às telas. A maioria dos universitários não fuma cigarros, bebem álcool ocasionalmente e não utilizam drogas ilícitas. A maior parte deles tem dificuldade em dormir bem e se sentir descansado, incapacidade de lidar com estresse e de relaxar no tempo de lazer na maioria das vezes e nem sempre praticam sexo seguro. Os fatores que os estudantes mais afirmaram ter mudado durante a pandemia foram os hábitos de atividade física (66,4%) e hábitos alimentares (51,7%). São necessários outros estudos que investiguem se determinados hábitos estão piores ou melhores durante a pandemia. Com base nestes resultados, identifica-se que universitários do sul do Brasil apresentam um perfil de estilo de vida com a presença de comportamentos nocivos à saúde, destacando-se, especialmente, alta prevalência de prática insuficiente de atividade física, hábitos alimentares não saudáveis e dificuldades com sono, em lidar com o estresse e de relaxar no tempo livre. É necessária a criação de projetos e programas para incentivar a prática de atitudes que favoreçam a adoção de um estilo de vida mais saudável por parte dos universitários, assim como alertá-los sobre a importância de evitar os fatores de risco para a saúde. |
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