Abstract:
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O objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos do treinamento aquático na posição vertical
sobre os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica
(PAD) e capacidade funcional através do teste de caminhada de seis minutos (TC6’) de
pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Esta pesquisa é uma revisão sistemática com
metanálise, foram utilizados o Pubmed, Cochrane Central, SPORTDiscus e Lilacs como bases
de dados para a busca de publicações. Os seguintes termos foram utilizados de forma
combinada: “Exercise”, “Diabetes Mellitus” and “Water-based exercise” e seus respectivos
sinônimos de forma semelhante em todas as bases de dados. Foram incluídos ensaios clínicos
que cumpriram os seguintes critérios de inclusão: Intervenções com no mínimo oito semanas
de duração de exercícios aeróbios, de força e/ou combinados em meio aquático na posição
vertical, estruturados e supervisionados, em idosos e/ou adultos, independentemente do
método, duração e intensidade. Quanto à população, os critérios foram: adultos (>18 anos) com
DM2, de ambos os sexos, treinados ou destreinados. A seleção, extração e avaliação da
qualidade de dados foi realizada de forma independente por dois pesquisadores, de forma
padronizada. Foram extraídos dados de caracterização dos participantes, da intervenção e dos
desfechos. A extração de dados foi composta pelos seguintes dados: média de idade, estado de
treinabilidade, comorbidades, massa corporal, índice de massa corporal, tempo de diagnóstico
de DM2 e medicamentos utilizados. Para as informações relacionadas à intervenção foram
considerados os seguintes dados: modalidade, método, duração da sessão e/ou intervenção,
intensidade, aderência e eventos adversos. Em relação às informações relacionadas ao desfecho
dos estudos, foram considerados: sessão e/ou intervenção que relatou valores de um dos
desfechos: HbA1c, PAS, PAD e/ou capacidade funcional. Os mesmos pesquisadores realizaram
avaliações de risco de viés de forma independente, utilizando o instrumento proposto por Smart
et al (2015). Os estudos apresentavam valores para qualquer um dos desfechos pré e pós-intervenção ou diferenças entre as médias com os respectivos valores de dispersão. Os
resultados são apresentados como diferenças médias e os cálculos foram realizados utilizando
modelos de efeitos aleatórios. O Forest plot foi gerado para representar o efeito combinado e
as diferenças médias com um intervalo de confiança de 95%, adotando-se α=5%. Como re sultados, foram inseridos 11 estudos para a revisão, com um total de 240 participantes. Os níveis
de HbA1c (%) foram reduzidos (-0,62; -0,825; -0,427) em relação aos valores pré-intervenção,
(-0,67; -0,907; -0,433) em relação ao controle e não houve diferença (-0,40; -1,357; 0,547) em
relação ao treinamento em meio terrestre. A PAS (mmHg), foi reduzida (-5,55; -8,767; -2,334)
em relação aos valores pré-intervenção, porém não houve diferença (-0,85; -11,034; 9,332) em
relação ao treinamento em meio terrestre. A PAD (mmHg) foi reduzida (-4,99; -6,967; -3,014)
em relação aos valores pré-intervenção, e não houve diferença (2,12; -3,852; 8,103) em relação
ao treinamento em meio terrestre. Na capacidade funcional (metros) foram aumentados (76,64;
34,506; 118,777) em relação aos valores pré-intervenção. Conclui-se que o treinamento
aquático melhora os níveis de saúde e pode ser indicado para o tratamento de pacientes com
DM2. |