Equidade de gênero na Confederação Brasileira de Skate: da invisibilidade às lutas pela representatividade

Abstract

As mulheres ao longo da história foram proibidas de praticar esportes, o seu papel na sociedade nunca foi de protagonista e por esses e outros motivos temos várias dificuldades para o pleno desenvolvimento pessoal e esportivo. As diversas barreiras enfrentadas pelas mulheres no dia a dia também se manifestam na prática do skate, pois o esporte, como se sabe, é reflexo da sociedade em que vivemos. A presente pesquisa tem como objetivo geral: saber quais as ferramentas que promovem a equidade de gênero utilizada pela principal instituição responsável por regulamentar a prática do skate no Brasil. A abordagem da pesquisa foi dialética. Para o levantamento de dados foi realizada uma entrevista semiestruturada e, de posse das respostas, foi organizada a categorização dos dados conseguidos. A análise e interpretação dos dados foi feita pelo método hermenêutico-dialético utilizando as principais categorias da dialética, a totalidade, relações e contradições juntamente com as explicações pontuadas pela coleta de dados classificados conforme a base teórica que direciona a pesquisa. Os resultados encontraram foram: a mesma condição básica (salarial e técnica) para a Seleção Brasileira de Skate; Equiparação de premiação em campeonatos homologados pela CBSk desde 2018; Cursos para as mulheres entenderem a questão institucional da CBSk; Campeonatos exclusivos femininos; Quadro de funcionários com representatividade feminina; Conselho feminino em 2020; 20% das vagas para os comitês de atletas são para mulheres; E ainda, que na próxima diretoria serão mulheres a ocuparem esses cargos. É possível observar que a CBSk está caminhando para um futuro mais equânime, e a inclusão do skate nas Olimpíadas proporcionou ao esporte estar sujeito às recomendações para a equidade de gênero do COI, porém, ainda existem outras recomendações a serem seguidas para alcançar a plena equidade.