Avaliação do uso de medicamentos analgésicos na dor relacionada ao câncer em um hospital universitário

Abstract

A terapia do controle da dor é comumente utilizada na rotina dos pacientes da oncologia. Tratase de um sintoma proveniente do quadro da doença do paciente. As dores provêm principalmente da invasão do câncer nos tecidos, de procedimentos cirúrgicos, da quimioterapia e da radioterapia. A percepção da dor de cada pessoa é sentida de modo diferente, pois ela é pessoal, subjetiva e influenciada por muitos fatores. Avaliações da dor sentida pelo paciente são importantes para definir a terapia a ser utilizada e verificar se o tratamento efetuado está desencadeando os efeitos desejados. Existem vários métodos e técnicas que são utilizados pelas equipes de saúde para a aferição da dor. Há as diretrizes do Consenso Brasileiro sobre Manejo da Dor Relacionada ao Câncer (CBMDRC), de 16 de agosto de 2014, que aborda informações úteis aos profissionais que atuam na terapia da dor no câncer. Medicamentos analgésicos são utilizados quando se trata de pacientes oncológicos, pois a dor, por vezes, se manifesta de forma muito intensa. Alguns profissionais de saúde mostram-se receosos ao prescrever alguns medicamentos, principalmente os opiáceos, devido a seus efeitos colaterais e ao desenvolvimento da tolerância e da dependência. Acredita-se que a dor no câncer não é suficientemente tratada em função do manejo incorreto dos analgésicos, principalmente quando se trata de opiáceos. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo fazer uma avaliação prospectiva, verificando se as técnicas constantes no CBMDRC estão sendo aplicadas nos pacientes da oncologia que usam analgésicos e são atendidos no ambulatório do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, de modo a contribuir com o bom uso desses medicamentos e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Trata-se de um estudo prospectivo, transversal e quantitativo, constituído pela aplicação das técnicas constantes no CBMDRC. Ao final, elabora-se um manual que auxilie os profissionais de saúde no manejo e na utilização desses analgésicos, colaborando para que a dor seja tratada de forma correta, na dose correta do medicamento e no uso correto do analgésico.

Abstract: Pain control therapy is commonly used in the routine of oncology patients. It is a symptom arising from the patient's illness. The pain comes mainly from the invasion of cancer in the tissues, surgical procedures, chemotherapy and radiotherapy. Each person's perception of pain is felt differently, as it is personal, subjective and influenced by many factors. Assessments of pain experienced by the patient are important to define the therapy to be used and to verify whether the treatment carried out is triggering the desired effects. There are several methods and techniques that are used by health teams to measure pain. There are guidelines of the Brazilian Consensus on the Management of Cancer Related Pain (CBMDRC) of August 16, 2014, which addresses useful information for professionals working in cancer pain therapy. Analgesic medications are used when it comes to cancer patients, as the pain is sometimes very intense. Some health professionals are afraid to prescribe some medications, especially opiates, due to their side effects and the development of tolerance and dependence. It is believed that cancer pain is not sufficiently treated, due to the incorrect management of analgesics, especially when it comes to opioids. Thus, this work aims to make a prospective assessment, verifying whether the techniques listed in the CBMDRC are being applied to oncology patients, who use analgesics, seen at the outpatient clinic of the University Hospital of the Federal University of Santa Catarina, in order to contribute to the good use of these drugs and improving the quality of life of these patients. This is a prospective, transversal and quantitative study, constituted by the application of the techniques contained in the CBMDRC. We will also prepare a manual to assist health professionals in the management and use of these painkillers. Thus, collaborating so that the pain is treated correctly, in the correct dose of the medication, using the correct analgesic.