dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Pinzani, Alessandro |
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dc.contributor.author |
Weege, Douglas |
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dc.date.accessioned |
2021-10-14T19:28:53Z |
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dc.date.available |
2021-10-14T19:28:53Z |
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dc.date.issued |
2021 |
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dc.identifier.other |
373223 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229125 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2021. |
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dc.description.abstract |
A presente tese tem o objetivo de analisar as implicações do uso e da linguagem da ideia de progresso como justificativa metanormativa para a normatividade da teoria crítica contemporânea. Para tanto, tomamos como horizonte de nossa metodologia dialética qualitativa a obra de Amy Allen The end of progress, na qual ela desenvolve uma crítica às teorias de Jürgen Habermas e Axel Honneth. Inicialmente, é apresentada a contribuição de Horkheimer para explicitar que os teóricos críticos não visam apenas explicar os fenômenos sociais passivamente, mas estabelecer um diagnóstico de época que suscite os potenciais emancipatórios dos atores sociais. A partir disso, mostramos que incomoda Allen o fato de o diagnóstico de época de Habermas e Honneth fazerem uso da concepção de progresso. Principalmente no que diz respeito a sua definição do progresso como um fato. Habermas e Honneth dependem desta concepção para sustentar, no caso do primeiro, o processo de racionalização do mundo da vida, que acarretou numa colonização e tecnicização deste mundo, resultando na reificação das relações sociais. Apesar da complexidade da sociedade moderna, o autor alemão mostra como ela também foi capaz de desenvolver a racionalidade comunicativa e é justamente nesta que se encontram os meios para superação das patologias sociais ocasionadas pela reificação. No caso do segundo, a história humana condiz com uma luta por reconhecimento, na qual os sujeitos procuram em suas relações intersubjetivas alcançar a autoconfiança, o autorrespeito e a autoestima. Porém, essa história de luta possui inúmeras experiências concretas de desrespeito que impedem a autorrealização. Nas esferas da moral e do direito Honneth vê a possibilidade de superação dessa falta de reconhecimento, visão que se amplia adiante quando o autor sustenta o aprofundamento da ideia de liberdade. O processo progressivo que culminou na liberdade social, permitiu cada vez mais a ampliação da liberdade individual e da possibilidade de autorrealização, entretanto, também existem patologias. O equívoco de que nada há para ser resolvido fora da dimensão jurídica e nenhum outro padrão moral se sobrepõe a quem cai num moralismo desenfreado. Por isso, é no desenvolvimento cada vez maior e melhor dessas esferas que se otimiza uma cultura democrática, na qual o respeito mútuo se consolida e a liberdade individual se torna indispensável nas relações intersubjetivas. Tanto Habermas quanto Honneth, assim, manifestam-se, para Allen, solidários a perspectiva do progresso histórico. Uma visão e narrativa que contribuiu com a opressão e subjugação de dois terços da humanidade e que se fortalece com teorias que dão margem para promover um imperialismo informal. Para a filósofa, é preciso descolonizar a teoria crítica e isso só é possível abandonando a ideia robusta de progresso como um fato, adotando em seu lugar um contextualismo epistêmico. Mas a autora não atinge as teorias críticas dos filósofos e confunde a ideia de progresso como processo com a ideia enquanto Ideologia. De todo modo, tanto numa quanto noutra teoria consideramos que o domínio pelo qual podemos obter potenciais emancipatórios está na educação. A ação comunicativa e a cultura democrática dependem de uma educação que se estrutura por meio dos ideais normativos de uma sociedade justa, livre e solidária. |
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dc.description.abstract |
Abstract: This thesis aims to analyze the implications of the use and language of the idea of progress as a meta-normative justification for the normative foundations of contemporary critical theory. For that, the horizon of our qualitative dialectical methodology was the work of Amy Allen, The end of progress, in which she challenges the theories of Jürgen Habermas and Axel Honneth. We initially present the contribution of Horkheimer clarifying that critical theorists do not aim only to passively explain social phenomena, but rather establish a diagnosis of the period that enables to unveil the emancipatory potentials of its social actors. From this, we show that Allen is bothered by the fact that Habermas and Honneth, in their diagnosis of a period, use the concept of progress, particularly when it comes to the definition of progress as a fact. Both Habermas and Honneth, but particularly the former, are dependant on this idea to support the process of rationalization of the world of life, which resulted in the colonization and technicalization of this world, resulting in the reification of social relations. Despite the complexity of modern society, the German author shows how it was also able to develop communicative rationality, and it is precisely in this rationality that we find the means to overcome the social pathologies (loss of meaning, anomie, and psychopathologies) caused by the reification. For Honneth, human history is consistent with a struggle for recognition, where subjects seek to achieve selfconfidence, self-respect, and self-esteem in their intersubjective relationships. However, this history of struggle has numerous concrete experiences of disrespect that prevent self-fulfillment. It is within the spheres of morality and law that Honneth sees the possibility of overcoming this lack of recognition, a view that expands further when the author supports the deepening of the idea of freedom. The progressive process that culminated in social freedom has increasingly allowed the expansion of individual freedom and the possibility of self-fulfillment; however, there are also pathologies. There is a misconception that there is nothing to be resolved outside the legal dimension and that no other moral standard prevails over those who fall into unbridled moralism. For this reason, it is in the ever greater and better development of these spheres that a democratic culture is optimized, one in which mutual respect is consolidated and individual freedom becomes mandatory in intersubjective relationships. For Allen, thus, both Habermas and Honneth manifest themselves solidary with the perspective of historical progress. This vision and narrative have contributed to the oppression and subjugation of two-thirds of humanity and are strengthened by theories that allow for the promotion of informal imperialism. For the philosopher, it is necessary to decolonize the critical theory and this will only be possible by abandoning the robust idea of progress as a fact, replacing it with epistemic contextualism. But the author does not reach the critical theories of the philosophers and she mixes the idea of progress as a process with the idea of progress as an ideology. In any case, in both theories, we consider that the domain through which we can obtain emancipatory potentials is education. Communicative action and democratic culture depend on an education that is structured using normative ideals of a fair, free and solidary society. |
en |
dc.format.extent |
191 p.| il. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Filosofia |
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dc.subject.classification |
Teoria crítica |
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dc.subject.classification |
Desenvolvimento social |
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dc.title |
Uma crítica à teoria crítica: Amy Allen contra Jürgen Habermas e Axel Honneth |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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dc.contributor.advisor-co |
Assmann, Selvino José |
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