Title: | Entre o diário e o anuário: a queda ecoa no apocalipse |
Author: | Vargas, Renata da Silva Dias Pereira de |
Abstract: |
Esta tese, após uma breve revisão sobre a gênese e o desenvolvimento do diário e do almanaque, bem como a respeito das principais características desses gêneros, examina o romance Diário da queda (2011) e o almanaque Anuário Apocalipse? Todavia (2018), de Michel Laub, principalmente em relação à autoria. À luz de considerações teóricas formuladas Didi-Huberman, principalmente em Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens (2000), e dos conceitos de Walter Benjamin sobre materialismo histórico e messianismo, o estudo mostra como Laub utiliza de suas produções para discutir a sociedade. Outrossim, as diferentes especificidades do texto são analisadas com base em teóricos como Giorgio Agamben, Hannah Arendt, Michel Foucault, Hans Ulrich Gumbrecht, Andreas Huyssen, Reinhart Koselleck, Peter Sloterdijk, Jacques Rancière e outros. Laub explora as estratégias jurídicas e de mercado que se articulam, juntamente com o Estado, para manter o stablishment. Nesse sentido, apresenta novos paradigmas com base em mecanismos que caracterizam diversas tradições, introduzindo elementos que remontam às discussões de autoria, evidenciadas em Os protocolos dos sábios de Sião (de autoria e data duvidosa) e Pierre Menard, autor do Quixote (1939), de Jorge Luis Borges. Durante as leituras, é possível perceber reflexões sociais e políticas nas duas obras, principalmente as relacionadas com os historicamente excluídos, tais como mulheres, negros, indígenas, comunidade LGBTQIA+, judeus, pobres. A partir de temas como preconceito, xenofobia, machismo, homofobia, fakenews, pretende-se discutir o papel da arte e a função da literatura que convida os marginalizados a se rebelarem. Abstract: This thesis, after a brief review of the genesis and development of the diary and the almanac, as well as the main features of these genres, examines the novel Diário da queda (2011) and the almanac Anuário Apocalypse (2018), by Michel Laub, mainly as concerns authorship. In light of theoretical perspectives by DidiHuberman, mainly in Before theTime: The History and Anachronism of Images (2000), and Walter Benjamin's concepts on historical materialism and messianism, the study shows how Laub uses his productions to discuss society. Furthermore, the analysis of the different specificities of the texts will be illuninated by Giorgio Agamben, Hannah Arendt, Michel Foucault, Hans Ulrich Gumbrecht, Andreas Huyssen, Reinhart Koselleck, Peter Sloterdijk and others. Laub explores legal and market strategies that work together with the state to maintain the establishment. In this sense, he presents new paradigms based on mechanisms that characterize different traditions, introducing elements that go back to authorship discussions, as evidenced in The Protocols of the Wise Men of Zion (of doubtful authorship and date) and Pierre Menard, Author of the Quixote (1939), by Jorge Luis Borges. While reading both works, social and political reflections emerge, especially those related to the historically excluded, such as women, blacks, indigenous people, the LGBTQIA+ community, Jews, the poor. Based on themes such as prejudice, xenophobia, chauvinism, homophobia, fakenews, the role of art and the function of literature that invite the marginalized to rebel are highlighted. |
Description: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2021. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229255 |
Date: | 2021 |
Files | Size | Format | View |
---|---|---|---|
PLIT0889-T.pdf | 17.14Mb |
View/ |