Title: | "Esta cidade é testemunha": Ana C. na cidade-texto |
Author: | Schlemper, Lucas |
Abstract: |
A partir de uma viagem de pesquisa ao Instituto Moreira Salles no Rio de Janeiro, realizada em dezembro de 2019, esta pesquisa se propõe a investigar e aferir as principais evidências da cidade na poética de Ana Cristina Cesar. A existência da cidade, a qual a poeta jamais esquece, está contida em sua produção ora como imagem oculta e ora como imagem latente. Meios de comunicação (a carta, o diário, o cartão-postal, o cinema), estruturas urbanas (edifícios, janelas, telhados, calçadas), os meios de transporte (carros, trens, barcos, aviões) ? imagens que sob efeito das engrenagens da dialética engendram constelações de metáforas não só para as experiências pessoais da poeta e do sujeito moderno, mas à própria literatura e o fazer literário. Ler a escrita de Ana Cristina Cesar sob o signo da urbe é examinar de perto seus procedimentos e reavivar seus diálogos intertextuais com outros nativos da selva de pedra ? Charles Baudelaire, Walt Whitman, T. S. Eliot, Mário de Andrade, Lawrence Ferlinghetti, e outros mais ? igualmente afeitos a captar as contradições ocultas nas camadas menos aparentes das grandes metrópoles. Ao sujeito comprimido na linha difusa entre o interior e o exterior, oblíquo e fragmentário como as paisagens a que contempla, ler e escrever a cidade é operar leituras de espaços ilegíveis e empreender mapeamentos de espaços inacabados. De uma escrita de itinerâncias, poemas que se fazem galerias, zonas de passagem de um tempo a outro. Além de traduzir certa visão única de cidades, tais textos são como tentativas de apreender a realidade estranha e dual da experiência urbana, e reverberam temas de espacialização do sujeito no mundo: orientação e desorientação, fixidez e transitoriedade, superfície e mistério. Abstract: Based on a research trip to Instituto Moreira Salles in Rio de Janeiro, held in December 2019, this research aims to investigate and assess the main evidences of the city in Ana Cristina Cesar?s poetics. The existence of the city, which the poet never forgets, is contained in her production sometimes as a hidden image and sometimes as a latent image. Means of communication (letters, postcards, diaries, movies), urban structures (buildings, windows, roofs, sidewalks) and means of transport (cars, trains, boats, planes) ? images that under the effect of dialetic gears engender constellations of metaphors not only for the personal experiences of the poet and the modern subject, but for the very literature and literary practice. To read Ana Cristina Cesar?s writing under the sign of the city is to closely examine her procedures and redkindle her intertextual dialogues with other natives of the stone jungle ? Charles Baudelaire, Walt Whitman, T. S. Eliot, Mário de Andrade, Lawrence Ferlinghetti and others more ? all equally adept at capturing the contradictions hidden in the less apparent layers of the great metropolises. For the subject compressed in the diffuse line between the interior and the exterior, oblique and fragmentary like the city landscapes that he contemplates, reading and writing the city is to operate readings of illegible spaces and to undertake mappings of unfinished spaces. From a writing of itinerances, poems convert themselves into galleries, zones of passage from one time to another. In addition to translating a certain unique vision of cities, such texts are how to apprehend the strange and dual reality of urban experience, and which reverberate themes of the subject?s spatialization in the world: orientation and disorientation, fixity and transience, surface and mistery. |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-graduação em Literatura, 2021. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229779 |
Date: | 2021 |
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PLIT0896-D.pdf | 1.408Mb |
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