Concepções de licenciandos e recém egressos de um curso de licenciatura em química sobre a prática da leitura na formação pessoal e profissional

Abstract

A leitura é uma prática importante para a formação do ser humano, podendo trazer contribuições significativas para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, dentre elas a aquisição de novos conhecimentos e o estímulo à imaginação e à memorização. No que diz respeito ao exercício desta prática nas escolas, o professor pode contribuir no sentido de estimular o hábito da leitura dos estudantes, adotando em suas aulas estratégias que envolvam e incentivem a leitura sobre temas diversos. Nessa perspectiva, este trabalho teve como objetivo a análise das concepções de licenciandos e recém egressos de um curso de Licenciatura em Química sobre a prática da leitura na sua formação pessoal e profissional. A pesquisa contou oito participantes, formandos e recém egressos do curso de Licenciatura em Química da UFSC. A pesquisa se caracterizou como qualitativa e os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas. Para a análise dos dados utilizamos como referencial teórico o estudo de Solé (1998), que dentre outros aspectos, discute o papel do professor na formação de leitores. Os principais resultados obtidos apontam para a necessidade de mais discussões acerca da importância da leitura na formação inicial do professor de modo a estimular o uso de estratégias envolvendo a compreensão leitora no Ensino Básico (também no Ensino Superior) – e não apenas o docente da disciplina de Química, mas nas outras componentes curriculares da escola. Também pôde-se perceber predisposição dos participantes em inserir a leitura no planejamento de suas aulas, ainda que estes salientem dificuldades voltadas a esta prática no âmbito escolar. O uso de estratégias de compreensão leitora contribui para a formação de leitores autônomos, cujo objetivo é que os alunos consigam atribuir significado àquilo que se lê (SOLÉ, 1998). Do que diz respeito ao hábito de leitura dos participantes, o ambiente em que eles estão inseridos podem corroborar com a prática deste ou, então, quando o entorno da criança não lê, o estímulo se torna pouco, e o resultado é um jovem que não cria gosto pela leitura.