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Esse trabalho tem como objetivo a análise das características da violência física contra crianças
e adolescentes no município de Florianópolis, tendo em vista a implicação das políticas públicas
e sociais na promoção, proteção e defesa dos direitos fundamentais. Foram usadas para
realização da análise os micros dados obtidos através da Ficha de Notificação/Investigação de
Violência Interpessoal/autoprovocada, lançados no SINAN NET e disponibilizados pelo
Ministério da Saúde. A partir dessas análises pôde-se identificar que a dura realidade da
violência de gênero se reflete também sobre as violências praticadas contra meninas, pois são
elas que possuem maior frequência e prevalência de notificação. Com relação a violência física
especificamente, destacam-se significativamente maior, a frequência de violência contra
meninas na faixa etária entre 11-19 anos. Os principais perpetradores de violências em geral,
tanto no estado de Santa Catarina, quando em Florianópolis, é a mãe (29,7% e 23,2%)
respectivamente, seguido do pai (19,6% e 14,9%) respectivamente. Em se tratando de violência
física no munícipio de Florianópolis a faixa etária de 11 a 19 anos registra o maior número de
notificações, e dentre essa faixa etária, as meninas são as maiores vítimas. Em relação ao local
da ocorrência, a residência tem a maior incidência de notificações, sendo as meninas, também
as maiores vítimas. Em relação ao perfil do suposto agressor (violência física), a frequência
maior é para desconhecido no contexto extrafamiliar, e no contexto intrafamiliar o pai, seguido
da mãe. E por fim, quando se trata de percorrer o ciclo de vida do agressor, os dados do SINAN
apontam que é na adolescência e juventude que se inicia a sua experiência com a violência
física revelando assim, transgeracionalidade que é compartilhada no mesmo ambiente. |
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