A pandemia da COVID-19 vem afetando a saúde e a economia mundial em uma escala sem precedentes. Após a fase aguda, parcela considerável relata fadiga crônica, dispneia persistente, artralgia e apresentam disfunções específicas de órgãos (coração, pulmões, rins, cérebro e nervos periféricos etc.), além de distúrbios emocionais e mesmo graves transtornos psiquiátricos. Estudos sobre “Long-haulers” ou “Long-COVID” demonstram que após o curso da doença em sua fase aguda podem ocorrer manifestações clínicas persistentes de longa duração e, ainda, surgirem novos sintomas. O contexto exige a adoção de estratégias de saúde pública, que tendo em vista a enorme demanda reprimida, permitam o atendimento em larga escala. Algo que, assim como ocorre na Reabilitação Cardiovascular, seria somente exequível por meio de uma proposta de reabilitação domiciliar, descentralizada e capilarizada, factível na estrutura do SUS brasileiro.