Abstract:
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Contextualização: o vírus SARS-CoV devido à sua alta transmissibilidade, disseminou-se rapidamente na China e, posteriormente, afetou países em diferentes continentes, tornando-se uma pandemia. Assim como outras infecções virais contraídas durante o período gestacional, a COVID-19 pode apresentar efeitos adversos sobre os resultados perinatais e neonatais, principalmente em relação à prematuridade. Objetivos: relatar os dados mundiais sobre a prematuridade em mães positivas para COVID-19. Métodos: a busca ocorreu em 2021 no mês de agosto, nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e United States National Library of Medicine (Pubmed). Os descritores utilizados foram: “Pré-termo” ou “Prematuridade” ou “Prematuro” e “COVID-19” ou “SARS-COV-2” e seus respectivos termos nas línguas inglesa e espanhola. Critérios de inclusão: estudos publicados no período de janeiro de 2020 a agosto de 2021, disponíveis online na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol com abordagem plena do conteúdo. Foram excluídos os estudos repetidos nas bases de dados, notícias, editoriais, comentários, cartas de apresentação, revisões integrativas, sistemáticas e meta-análises. Resultados: foram identificados 158 artigos, dos quais 79 compuseram esta revisão, com dados de 4.994 prematuros de 26 países, no período de dezembro de 2019 a março de 2021. A maioria nasceu de gestação única, parto vaginal, negativo para SARS-COV-2, as mães contraíram a COVID-19 no terceiro trimestre de gestação e houve 46 óbitos neonatais. Conclusão: ainda não está claro se a COVID-19 aumentou a taxa de prematuridade mundial e piorou os desfechos para os neonatos prematuros. Implicações clínicas: mais estudos se fazem necessários. |