Movimento Hip Hop em Florianópolis: Um estudo sobre as diferenças sociais entre sujeitos que dançam

Abstract

Como qualquer movimento, seja artístico, político ou cultural atuante no Brasil, o Hip Hop faz parte de uma sociedade classista, patriarcal e racista, com diferenças sociais muito acentuadas, sendo inevitável que estas relações sejam replicadas dentro do movimento, mesmo que este tenha como uma de suas pautas a luta pela superação das desigualdades. O pequeno movimento do sul do Bronx eclodiu para o mundo inteiro, suas manifestações artísticas, seu estilo e suas ideias foram apropriadas e incorporadas por pessoas de diversos grupos sociais. Debater como se dá a apropriação de um movimento por grupos tão permite discutir e compreender as múltiplas relações socioculturais presentes nas sociedades urbanas. Esta pesquisa buscou compreender de que forma as diferenças sociais, de classe, gênero e raça se configuram no movimento Hip Hop de Florianópolis e se ou como essas diferenças afetam a forma de cada sujeito se relacionar e perceber esta cultura.

As any movement in Brazil, be it artistic, political or cultural, the Hip Hop is part of a classist, patriarchal and racist society, with very accentuated social differences. It is inevitable that these relations are also replicated inside this movement, even though one of its goals is the fight to overcome inequalities. The small movement in the south of Bronx spread around the world, its artistic expressions, its style and its ideas being appropriated and incorporated by people of different social backgrounds. Debating the way that these manifestations are appropriated by different subjects gives us repertory to comprehend the multiple socio-cultural relations present in urban societies. This research aimed to comprehend the way that social differences in class, gender and race take place in the Hip Hop movement of Florianópolis and if or how these differences change the way that each subject perceives and relates with this culture.