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Trabalho de Conclusão de Curso acerca da advocacia do paciente por enfermeiros intensivistas, cujo OBJETIVO era investigar as estratégias utilizadas pelos enfermeiros intensivistas, diante das situações que demandam a advocacia do paciente anteriormente e no atual cenário da pandemia da COVID-19, e, investigar a importância política e profissional do exercício da advocacia na perspectiva do enfermeiro intensivista. Pesquisa qualitativa, do tipo exploratória e analítica, através da realização de entrevista semiestruturada com 25 enfermeiros intensivistas de todas as regiões brasileiras. Os participantes do estudo foram convidados intencionalmente, considerando a atuação de no mínimo seis meses em UTI. Para a análise dos dados utilizou-se a Análise Textual Discursiva. RESULTADOS: os enfermeiros estabelecem estratégias para advogar em prol do paciente envolvendo a qualidade da assistência, a valorização do ser social e familiar, e, a individualidade dos sujeitos. Afirmam a existência de mudanças e estabelecimento de novas estratégias para advogar em decorrência da pandemia da COVID-19. Ainda, para exercer a advocacia de seus pacientes estabelecem estratégias ao depararem-se com barreiras para advogar envolvendo a divergência de opinião, conflitos éticos e insuficiência de recursos. Também, reforçado o aspecto da advocacia do paciente no âmbito político, profissional e pessoal, para o reconhecimento da profissão perante a sociedade, bem como entre os pares e demais profissionais, pelo exercício ético e moral da assistência de enfermagem, bem como pelo sentimento de gratificação profissional. Dentre os produtivos resultados, obtidos nas entrevistas, optou-se aqui pela apresentação de um recorte de resultados, o qual representa, potencialmente, respostas de grande parte dos participantes da pesquisa. Neste manuscrito, oriundo do recorte, o objetivo consubstanciado é de compreender as estratégias utilizadas pelos enfermeiros intensivistas, diante das situações que demandam a advocacia do paciente, envolvendo a valorização do ser social e familiar anteriormente e no atual cenário da pandemia da COVID-19. Constatou-se que os enfermeiros utilizam como estratégias para advogar e agir em prol do paciente a própria aproximação entre enfermeiros e familiares para conhecer melhor o paciente e advogar por ele perante a equipe de saúde, instruem a família para que essa advogue em prol do paciente, e pela presença do familiar dentro do ambiente de terapia intensiva com o objetivo de promover conforto, melhora do quadro clínico e oportunizar que a família torne-se integrante no cuidado, preparando-a para alta hospitalar ou auxiliando-a no processo de terminalidade. Verificou-se que com a pandemia da COVID-19 a família, ao ser removida da terapia intensiva, a advocacia do paciente foi prejudicada. Os enfermeiros precisaram estabelecer novas estratégias, como a aproximação tanto dos enfermeiros como dos pacientes aos familiares de forma virtual, e também, os enfermeiros utilizam da advocacia para lutar pela permanência dos familiares de forma física no ambiente de terapia intensiva quando necessários, principalmente nos casos de terminalidade. CONCLUSÃO: a presença na família é peça chave para a advocacia do paciente, sendo o enfermeiro o ator principal a estimular e garantir a presença da família de forma física ou virtual dentro do ambiente de terapia intensiva anteriormente e no atual cenário da pandemia da COVID-19. |
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