dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Dutra, Rafael Cypriano |
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dc.contributor.author |
Tereza, Denise Maccarini |
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dc.date.accessioned |
2022-02-14T13:32:24Z |
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dc.date.available |
2022-02-14T13:32:24Z |
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dc.date.issued |
2021 |
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dc.identifier.other |
373837 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231061 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2021. |
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dc.description.abstract |
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma doença neurológica associada à interrupção do fornecimento de sangue ao cérebro gerando comprometimento neurológico focal ou às vezes global de ocorrência súbita. Nesse sentido, o AVE representa considerável problema de saúde pública. No Brasil gera grande impacto social e econômico. Objetivo: Identificar as consequências clínicas, os fatores de risco, os gastos com hospitalização e a qualidade de vida dos pacientes com AVE internados em hospital privado da macrorregião do sul do Estado de Santa Catarina (SC). Métodos: Estudo epidemiológico transversal, com coleta de dados secundários. Participaram 220 pacientes com AVE no período de 2015 a 2020. O estudo foi realizado no hospital privado localizado no município de Criciúma, instituição com 126 leitos. Na primeira fase do estudo foi realizada reunião com o corpo especializado em AVE objetivando esclarecer a metodologia empregada. Na segunda fase realizou-se a coleta dos dados, foram conduzidas por durante 90 dias consecutivos. As variáveis quantitativas foram expressas como mediana e amplitude interquartil, e as variáveis qualitativas expressas pela frequência e porcentagem. A distribuição dos dados quanto à normalidade foi avaliada pela aplicação do teste de Shapiro-Wilk e Kolmogorov-Smirnov. Nos gastos hospitalares foram incluídas as taxas das diárias de internações, medicamentos, exames de imagem e laboratoriais, gastos com as complicações clínicas ou neurológicas. Resultados: A idade acometida pelo AVE foi de 61 a 80 anos (n=105; 47,7%), cor de pele mais frequente branca (n= 202; 91,8%). A faixa de escolaridade mais comumente encontrada foi ensino médio (n=99; 45%), seguido por ensino superior (n=61, 27,7%). O AVE foi mais frequente em pacientes casados (n=141; 64,1%); procedentes de outras cidades da região do município de Criciúma (55,9%). Aproximadamente, 89,5% dos pacientes apresentaram comorbidades, com maior frequência para HAS (n= 135; 79,4%) e diabetes (n=60; 79,4%). Além disso, 11,2% dos pacientes apresentavam alguma doença cardiovascular e 12,4% dos pacientes apresentavam doença não cardiovasculares. Ainda, 97,3% dos pacientes receberam alta hospitalar após tratamento. O gasto médio foi de R$ 389,77, não seguindo uma distribuição normal. Os gastos distribuíram entre R$ 323,85 a 4.291,20, a depender do tipo da internação. Pacientes diabéticos demonstraram maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares (52,6%; p<0,05). Além disso, o estudo evidenciou que pacientes com HAS demonstraram diferença estatística significativa (p<0,05) em relação à probabilidade de desenvolver doenças não cardiovasculares (76,3%). Acerca da qualidade de vida (QV), as mulheres apresentarem menor QV pós AVE, representando 58% da amostra. Supreendentemente, a faixa etária com maior QV corresponde ao grupo correntemente acometido (52,9%). Conclusão: Os resultados aqui descritos indicam que a gestão dos fatores de risco é crucial para reduzir a frequência do AVE, sua gravidade e os gastos assistenciais, sendo necessário fornecer prevenção, informações acerca dos riscos e como evitá-los. Trabalhar o AVE na gestão, com foco na eficácia, eficiência e entrega de valor ao paciente são recomendações importantes para manter a sustentabilidade do sistema de saúde, diminuir os gastos e desenvolver programas sólidos e robustos de promoção da saúde e prevenção do AVE. |
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dc.description.abstract |
Abstract: Stroke is a neurological disease commonly associated with a sudden interruption of blood supply on the brain, usually resulting in a focal or global neurological impairment. In Brazil, stroke is the commonest cause of disability, and its epidemiology remains a challenge, affecting the population severely and leading to economic consequences. Objective: investigate the clinical, neurological, and social impact of stroke on patients admitted to a private hospital in the southern of the state of Santa Catarina. Methods: Cross-sectional epidemiological study with secondary data collection. Data collection occurred from January 2015 to July 2020 and included 220 patients. Study was performed in a private tertiary hospital with 126 beds located in Criciúma. In the first phase, a meeting was held with the institution's professionals specialized in stroke to explain the methodology of the study. The second phase involved data collection, which were conducted for 90 consecutive days with daily meetings from Monday to Friday, according to the availability of participants and their legal representatives. Symmetric continuous variables were presented by means and standard deviation and asymmetric continuous variables as median and interquartile range. Categorical variables were expressed through frequency and percentage (%). Shapiro-Wilk and Kolmogorov-Smirnov test were applied to verify data distribution regarding normality. Hospital expenses included daily rates of admissions, medication, imaging and laboratory exams, expenses with clinical or neurological complications. Results: the most affected age was 61 to 80 years (n=105; 47.7%), with no predominance between genders and in the most of white self-reported skin color (n=202; 91.8%). When asked about level of education the most common answer found was high school (n=99; 45%), followed by university education (n=61, 27.7%). Major of patients were married (n=141; 64.1%); from other cities near to Criciúma (55.9%). Approximately 89.5% of patients had some comorbidities, in which SAH (n=135; 79.4%) and diabetes (n=60; 79.4%) were the most prevalent, respectively. In addition, 11.2% of patients had some cardiovascular disease and 12.4% of patients had non-cardiovascular disease. Analyzing the data related to hospitalization, 97.3% of patients were discharged after treatment, while 2.3% were transferred and 0.5% of patients died during this period. The average cost of hospitalization was R$ 389.77, not representing a normal distribution. These costs ranged from R$323.85 to 4291.20, depending on the type of admission. Diabetic patients showed a greater propensity to developed cardiovascular disease (52.6%), p<0.05. Moreover, patients with SAH showed a significant (p<0.05) propensity of developing non-cardiovascular diseases (76.3%) when compared with other groups. Considering the quality of life (QL), women had lower quality of life levels post-stroke, representing 58% of the sample. Surprisingly, the age group with the highest rates (52.9%) corresponds to the most affected group, aged between 60 to 81 years. Conclusion: as a conclusion, the results indicate that the management of risk factors is crucial to reduce the frequency, severity, and costs of stroke. Is necessary to provide prevention, inform about the risks and how to avoid them. Stroke management, with focus on effectiveness and efficiency treatment, reduced costs, are important recommendations to maintain the sustainability of the health system and develop solid health promotion and stroke prevention programs. |
en |
dc.format.extent |
109 p.| il., gráfs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Neurociências |
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dc.subject.classification |
Acidente vascular cerebral |
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dc.subject.classification |
Cérebro |
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dc.subject.classification |
Qualidade de vida |
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dc.subject.classification |
Hospitalização |
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dc.title |
Epidemiologia do acidente vascular encefálico no sul do Brasil: investigação dos fatores de risco, gastos com hospitalização e qualidade de vida |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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