Caracterização do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e genes de virulência de amostras clínicas de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isoladas no Estado de Santa Catarina
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Title:
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Caracterização do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e genes de virulência de amostras clínicas de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isoladas no Estado de Santa Catarina |
Author:
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Provenzi, Marcel Afonso
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Abstract:
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Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA) é considerado um dos principais causadores de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) no mundo, graças ao seu aparato genético de virulência e capacidade de adquirir diversos mecanismos de resistência aos antimicrobianos. No Estado de Santa Catarina (SC), dados epidemiológicos sobre MRSA são escassos na literatura científica, bem como a caracterização dos perfis de virulência e resistência antimicrobiana das cepas isoladas. Em um estudo publicado em 2015, reportou-se que SC apresenta uma incidência de MRSA (4-8%) menor que a média nacional (20-50%). Assim, por esta epidemiologia diferencial relatada, a hipótese do presente estudo foi de que o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e de distribuição de genes de virulência das amostras MRSA apresentarão certo grau de diferença (maior sensibilidade) daqueles perfis encontrados em estudos de outras regiões brasileiras. Sob essa perspectiva, o objetivo desse projeto foi realizar a caracterização da resistência antimicrobiana in vitro de amostras de MRSA isoladas de pacientes atendidos em hospitais de SC, juntamente com a detecção de alguns genes de virulência. No total, 55 amostras de MRSA foram selecionadas e avaliadas através do teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) realizado a partir da metodologia de disco difusão em ágar, preconizado pelo Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade Antimicrobiana (BrCAST) e pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), no qual foi feita a comparação da classificação da sensibilidade aos antimicrobianos entre os dois comitês. A detecção de genes de virulência foi realizada pela técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction), avaliando a presença dos genes de virulência tst, seg e seh nas amostras. Em decorrência da pandemia de COVID-19, apenas 25 amostras puderam ser avaliadas quanto à detecção do gene seh. O resultado deste estudo relatou uma alta porcentagem de cepas resistentes aos antimicrobianos ciprofloxacino, eritromicina e clindamicina, revelando uma prevalência de cepas MDR (multidrug-resistant) na coleção de amostras. As principais divergências encontradas entre BrCAST e CLSI foram referentes a categorização dos antimicrobianos pertencentes à classe das fluoroquinolonas e o fenótipo de resistência para rifampicina. Sobre a caracterização da virulência, apenas 7,4% das amostras tiveram detecção dos genes tst e seg, e nenhuma para o gene seh. Através dos resultados obtidos neste estudo, a hipótese associando à baixa incidência de MRSA em SC com o perfil de resistência antimicrobiana e repertório de genes de virulência diferenciados de outras regiões foi refutada, pelo menos até o momento, sendo necessário a realização de novos experimentos e metodologias para averiguar com maior qualidade científica a concordância ou discordância da hipótese. |
Description:
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TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia. |
URI:
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https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/232806
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Date:
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2022-03-17 |
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