Uso de psicofármacos por profissionais da Unidade de Pronto Atendimento de Canoinhas

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Uso de psicofármacos por profissionais da Unidade de Pronto Atendimento de Canoinhas

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Title: Uso de psicofármacos por profissionais da Unidade de Pronto Atendimento de Canoinhas
Author: Prust, Rejane Aparecida Figura
Abstract: Os profissionais que trabalham em Unidades de Pronto Atendimento estão diariamente expostos a riscos químicos e físicos, condições de sofrimento e até a morte de outras pessoas, sobrecarga de trabalho, plantões e turnos (noturnos). O nível de estresse entre esses profissionais pode ser muito alto e contribui para a suscetibilidade aos transtornos mentais. Muitos profissionais fazem uso de psicofármacos para diminuir ou eliminar os sintomas causados pelo cansaço e estresse. O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência do uso de psicotrópicos por profissionais que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canoinhas e analisar os casos em que há relação com seu ambiente de trabalho. Os profissionais voluntários responderam ao questionário da pesquisa formulado pela autora com questões sociodemográficas, prática de esportes bem como características emocionais e do ambiente de trabalho. Foi perguntado sobre o uso de psicotrópicos, os motivos e a relação com o trabalho. Os resultados demonstraram que o a maior parte dos trabalhadores da UPA foram mulheres (87,9%) com idade entre 30-59 anos (78,8%). A maioria exerce a função de técnico de enfermagem (51,5%) e enfermagem (24,2%). Trabalham na área há mais de 10 anos (36,4%) e 60,6% relataram não trabalhar em nenhum outro lugar além da UPA. Entre os participantes analisados 10 funcionários (30,3%) referiram fazer uso de psicotrópico, sendo todas mulheres e com prevalência de 34,48% no sexo feminino. Os antidepressivos (50%) e os hipnóticos (25%) foram os medicamentos mais relatados, devido as causas de Ansiedade (33%), Insônia (39%), Depressão (17%) e Dor (11%). As análises de correlação de Pearson não detectaram diferenças quanto ao uso de psicotrópicos em mulheres, apesar de todas as entrevistadas que declararam utilizar psicotrópicos serem do sexo feminino. A área de atuação também não esteve relacionado com o consumo de psicoativos, no entanto foi identificado correlação significativa (p<0,05) entre o uso dessas medicações com o estresse no trabalho (OR=11,52; IC95%: 0,60-221,9) e considerar-se uma pessoa estressada (OR=46,20; IC95%: 2,38-897,1). Ainda, 90% que utilizam medicamentos psicotrópicos declararam que o uso possui relação com o estresse profissional. Constatou-se através dos dados obtidos que há maior prevalência do uso de psicotrópicos por profissionais mulheres que atuam no serviço de pronto atendimento da cidade de Canoinhas, SC. Os medicamentos mais utilizados foram hipnóticos e antidepressivos sendo a insônia a causa mais prevalente seguido de ansiedade. Foi possível observar que a grande maioria dos profissionais que ali atuam consideram o ambiente de trabalho estressante e exaustivo, e considerar-se uma pessoa estressada ou o ambiente estressante são condições associadas ao consumo de psicoativos.Professionals who work in Emergency Care Units are daily exposed to chemical and physical risks, conditions of suffering and even the death of other people, work overload, shifts and overnight shifts. The stress level among these professionals can be very high and contribute to their susceptibility to psychiatric disorders. Many professionals use psychotropic drugs to reduce or eliminate the symptoms caused by different mental disorders. The objective of this study was to verify the prevalence of the use of psychotropic drugs by professionals working in the Emergency Care Unit (UPA) of Canoinhas and analyze the cases in which there is a relationship with their work environment. Volunteer professionals answered the research questionnaire formulated by the author with sociodemographic questions, sports practice as well as emotional characteristics and the work environment. It was asked about the use of psychotropic drugs, the reasons and the relationship with work. The results showed that the majority of UPA workers were women (87.9%) aged between 30-59 years (78.8%). Most work as nursing technicians (51.5%) and nursing (24.2%). They have been working in the area for over 10 years (36.4%) and 60.6% reported not working anywhere else besides the UPA. Among the analyzed participants, 10 employees (30.3%) reported using psychotropic drugs, all women and with a prevalence of 34.48% in females. Antidepressants (50%) and hypnotics (25%) were the most reported medications, due to the causes of Anxiety (33%), Insomnia (39%), Depression (17%) and Pain (11%). Pearson's correlation analyzes did not detect differences regarding the use of psychotropic drugs in women, despite all the interviewees who reported using psychotropic drugs were women. The area of expertise was also not related to the consumption of psychoactive drugs, however a significant correlation (p<0.05) was identified between the use of these medications with stress at work (OR=11.52; 95%CI: 0.60-221.9) and considering oneself a stressed person (OR=46.20; 95%CI: 2.38-897.1). Still, 90% who use psychotropic medications stated that their use is related to professional stress. It was possible to observe that the vast majority of professionals who work there consider the work environment stressful and exhausting, and considering themselves a stressed person or the stressful environment are conditions associated with the consumption of psychoactive drugs.
Description: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/233972
Date: 2021-07-02


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