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O presente Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro
Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina intitulado: “Quintal produtivo: movimento
social, espaço urbano e meio ambiente, tem como objetivo compreender o processo de
desenvolvimento de quintais produtivos, no espaço urbano, configurado o Quintal da Comunidade José
Boiteux, localizado no Maciço do Morro da Cruz na cidade de Florianópolis/SC, visando com isso uma
investigação no Território do Maciço do Morro Cruz, de como os quintais produtivos contribuem para
o resgate de forma simbólica (lúdica) da memória cultural e sensorial da comunidade, buscamos
também fazer uma análise do processo de desenvolvimento da Horta Gestus Comunitária, do
movimento social Integrar-Gestus e suas redes, neste território, com essa ação social, refletimos sobre
a construção dos espaços produtivos dos quintais urbanos, trazendo os elementos que possibilitaram o
seu desenvolvimento, como a formação de mutirões, apresentando também os fatores limitadores do
processo, como a não continuidade do mesmo. A primeira etapa, está ancorada no âmbito reflexivo, no
qual contextualizo uma narrativa espacial e histórica da área de estudo. Neste sentido, por meio de
referências bibliográficas busco fundamentar o embasamento teórico deste trabalho. O
desenvolvimento metodológico para dar conta desta pesquisa foi, por meio de referências
bibliográficas, na qual busco fundamentar o embasamento teórico deste trabalho, apresentando as
categorias de movimentos sociais, quintais produtivos e lugar (as comunidades). Procurando
compreender qual o potencial dos quintais para a futura produção de alimentos nestes espaços vazios
da comunidade, e com isso, resgatar as tradições ancestrais dos antepassados, crenças religiosas,
hábitos rurais e a relação entre os espaços e seu entorno imediato, foi pensado na perspectiva de um
processo participativo com a comunidade, para melhor compreendermos as necessidades dos
moradores, desta forma agregar ao projeto experimental o valor de pertencimento, etapa que ficou
limitada devido a pandemia do covid-19 iniciada em março de 2020 no Brasil. Para dar conta dessas
reflexões, utilizamos os referenciais de SANTOS (1979), BRITO (2000), ADICHIE (2010), e
MARICATO (2013). O projeto da Horta Gestus Comunitária, nos trouxe um processo de aprendizagem
intenso, pois mergulhamos nas leituras e formações, na qual foi possível constatar que é preciso ter um
maior cuidado com as intervenções nos territórios, trazendo sempre os moradores como protagonistas
do processo, para que tenhamos mais êxito na continuidade do mesmo. Também nos faz refletir sobre o
papel da arquiteta e urbanista no processo de conhecimento aliado com o compromisso social, sendo
assim o paisagismo não é só estético e decorativo, mas ele cumpre com a função social e desta forma
pode ser aplicado nos territórios |
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