Open strategizing: o paradoxo de abertura e o papel dos artefatos no fazer estratégico

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Open strategizing: o paradoxo de abertura e o papel dos artefatos no fazer estratégico

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Title: Open strategizing: o paradoxo de abertura e o papel dos artefatos no fazer estratégico
Author: Heinzen, Cassia Goulart
Abstract: O fenômeno open strategizing carrega um paradoxo de abertura e fechamento da estratégia diante das oscilações na amplitude da abertura, com a coexistência de restrições de inclusão das pessoas e filtro na informação compartilhada. Nesse sentido, as organizações necessitam compreender este paradoxo a fim de evitar tensões organizacionais e expectativas frustradas dos praticantes. Em paralelo, diferentes artefatos têm sido abordados no fazer estratégico como facilitadores no movimento de abertura da estratégia. Este estudo buscou compreender como ocorre o fenômeno open strategizing considerando o paradoxo de abertura e os artefatos no fazer estratégico, à luz da Teoria da Prática Social de Theodore Schatzki. Adotamos a Estratégia como Prática como perspectiva e a Teoria da Prática Social de Theodore Schatzki como sustentação teórica para compreender a realidade da organização a partir das práticas no espaço social. A metodologia de pesquisa utilizada foi de concepção filosófica pós-estruturalista, com abordagem qualitativa e método indutivo a partir de um estudo de caso único. A seleção do caso deu-se a partir de critérios pré-definidos, tais como: as dimensões do movimento de abertura e respectivas oscilações na amplitude; a adoção de artefatos durante o fazer estratégico; inserção em ambiente dinâmico, como um polo tecnológico. Como técnicas de coleta de dados foram utilizadas: observação direta, entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os dados foram interpretados por meio do pattern matching com uma abordagem iterativa. Os resultados apontaram que a open strategizing ocorre a partir da influência recíproca entre a ação humana e o espaço social da Organização. O movimento paradoxal ocorreu a partir das oscilações na amplitude da abertura diante do contexto e necessidade da Empresa, oferecendo benefícios como a proteção das estratégias e a não-sobrecarga de informações, e desafios como o não envolvimento voluntário dos estrategistas. O sensemaking foi identificado nas práticas para a compreensão das regras e know-how necessários para cada membro da equipe. Os entendimentos gerais e a estrutura teleológica-afetiva na Organização também colaboraram para a continuidade do fenômeno, com a compreensão do paradoxo no movimento de abertura e a redução de possíveis tensões decorrentes. Constatamos a adoção de sete artefatos digitais durante as fases analisadas do fazer estratégico, os quais exerceram o seu poder de agência como facilitadores da abertura e respectivos sensemaking e oscilações em cada fase estratégica, dos controles organizacionais exercidos e da continuidade do fenômeno durante a pandemia COVID-19 e consequente home office. Esses arranjos tecnológicos também atuaram como impulsionadores do movimento paradoxal a partir de fechamentos implícitos, o que apresentou mais um desafio para as organizações considerando a open strategizing, o paradoxo decorrente e a abordagem de artefatos tecnológicos diante da transformação digital em ascensão e as consequentes reestruturações nos processos e práticas das organizações. Este estudo apresenta contribuições no que tange a compreensão do fenômeno open strategizing a partir de uma visão não romantizada e restrita aos potenciais benefícios do movimento, mas composta pelos desafios como o paradoxo e os artefatos durante o fazer estratégico.Abstract: Open strategizing phenomenon carries an openness and closure strategy paradox in the face of oscillations in the amplitude of openness with the coexistence of restrictions on the inclusion of people and filtering on shared information. In this sense, organizations need to understand this paradox in order to avoid organizational tensions and frustrated expectations of practitioners. In parallel, different artifacts have been used in strategic action as facilitators in the opening strategy movement. This study aimed to understand how the open strategizing phenomenon occurs considering the openness and closure paradox and the artifacts used in strategic action, in the light of Theodore Schatzki's Theory of Social Practice. We adopted Strategy as Practice as a perspective and Theodore Schatzki's Theory of Social Practice as theoretical support to understand the organization's reality from the practices in the social space. The research methodology used was based on a post-structuralist philosophical design, with a qualitative approach and an inductive method based on a single case study. The case selection was based on pre-defined criteria, such as: the dimensions of the opening movement and respective amplitude oscillations; the adoption of artifacts during strategic making; insertion in a dynamic environment, such as a technology hub. As data collection techniques were used: direct observation, semi-structured interviews and document analysis. Data were interpreted through pattern matching with an iterative approach. The results pointed to open strategizing occurring from the reciprocal influence between human action and the Organization's social space. The paradoxical movement occurred from the oscillations in the amplitude of the opening in face of the Company's context and needs, offering benefits, such as the protection of strategies and the non-overload of information, and challenges, such as the non-voluntary involvement of strategists. Sensemaking was identified in practices for understanding the rules and know-how necessary for each team member. The general understanding and teleologicalaffective structure in the Organization also contributed to the continuity of the phenomenon, with the understanding of the paradox in the opening movement and the reduction of possible resulting tensions.We found the adoption of seven digital artifacts during the analyzed phases of strategic making, which exercised their agency power as facilitators of opening and of the respective sensemaking and oscillations in each strategic phase, of the organizational controls exercised, and the continuity of the phenomenon during the COVID-19 pandemic and consequent home office. These technological arrangements also acted as drivers of the paradoxical movement from implicit closures, which presented another challenge for organizations considering open strategizing, the resulting paradox and the approach of technological artifacts in view of the rising digital transformation and its consequent restructuring in the organizations processes and practices. This study presents contributions regarding the understanding of open strategizing phenomenon from a non-romanticized view, restricted to the potential benefits of the movement, but composed of challenges such as the paradox and the artifacts during strategy making.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2021.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234561
Date: 2021


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