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Santos, Joana Kelly Souza dos Caracterização de uma geometria do ensino no curso primário (São Paulo, 1920-1960) / Joana Kelly Souza dos Santos. – 2022. – 133 f. Tese (Doutorado). – Programa de Pós-Graduação em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência – Guarulhos : Universidade Federal de São Paulo. Escola de Filosofia, Letras e Humanas. Orientador: Luciane de Fatima Bertini. Título em inglês: Characterization of a teaching geometry in primary school (São Paulo, 1920-1960). 1. geometria. 2. Matemática do ensino. 3. Ensino Primário. 4. Escola Nova. I. Luciane de Fatima Bertini. II. Caracterização de uma geometria do ensino no curso primário (São Paulo, 1920-1960). |
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Neste trabalho é examinada a produção relativa às orientações para o ensino de geometria em manuais e artigos de revistas pedagógicas do Estado de São Paulo no período compreendido de 1920-1960. Tal exame baseia-se na questão que geometria é constituída em orientações para o ensino primário do Estado de São Paulo de 1920 a 1960? a fim de alcançar o objetivo de caracterizar uma geometria do ensino em tempos do movimento pedagógico da Escola Nova no Estado de São Paulo. A hipótese adotada leva em conta a existência de uma matemática do ensino, um saber resultante da produção histórica de uma cultura, dos sujeitos imersos na ambiência de uma cultura escolar a cada tempo que colocava em discussão aspectos relacionados ao ensino e à formação de professores. Dessa forma, a partir de uma perspectiva histórica, defende-se a tese que há a elaboração de uma geometria do ensino proposta no ensino primário paulista durante o período de 1920 a 1960. Nesse período as discussões realizadas entre aspectos relacionados ao ensino e à formação de professores guiam para caracterização dessa geometria do ensino representada por meio de uma geometria prática, com um saber próprio, caracterizado pelas artes do ver e do fazer com foco na produção de um ensino para atividades cotidianas. Dessa forma, a análise das fontes foi guiada tendo em vista aspectos teóricos-metodológicos vindos de autores da História Cultural, de Hofstetter e Schneuwly (2017) para tratar sobre saber profissional e Morais, Bertini e Valente (2021) com relação à matemática do ensino. Assim, inicialmente são apresentados estudos anteriores que tomavam a geometria numa perspectiva da História da educação matemática, seguido da descrição dos aspectos teórico-metodológicos deste estudo. Em seguida são descritos os discursos proferidos nas fontes, de modo a organizar e apresentar as orientações destinadas a professores que ensinavam geometria. Da recompilação realizada, notou-se que a geometria, em grande parte, versava sobre um ensino guiado do todo para as partes e abordava os conteúdos de linhas, ângulos, vértices, áreas, figuras planas e sólidos geométricos seguindo dois caminhos: o da observação por comparação e da ação da criança. Estes dois caminhos colocaram em circulação uma graduação que tomava ilustrações, uso de materiais, desenhos, trabalhos manuais, medidas com ou sem uso de instrumentos e exercícios e problemas como ferramentas para o ensino que colocou em circulação uma geometria do ensino tendo seu significado como ciência das formas que constituía-se em si mesma, em seus conteúdos, na consideração desta ser um espaço da matemática possível de visualização e uso em materialidade, então, sua graduação versava por meio de uma prática guiada por artes de visualização e manuseio. |
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