Sífilis adquirida em Santa Catarina entre 2012-2020: um estudo ecológico

Abstract

Este estudo objetiva analisar a tendência temporal e a distribuição espacial da sífilis adquirida em doze cidades de até 100 mil habitantes do estado de Santa Catarina no período entre 2012 e 2020. Trata-se de um estudo ecológico cujos dados foram coletados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina e se referem às taxas de sífilis em cada cidade analisada. Para análise estatística, foi utilizado o programa Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS) versão 20.0 para realizar Regressão Linear Simples, considerando significância de 95%. Os municípios que apresentaram as maiores taxas de prevalência de sífilis adquirida foram Curitibanos (83,9/100 mil), Canoinhas (78,9/100 mil) e Tijucas (78,1/100 mil). As cidades com menores taxas foram São Bento do Sul (6,8/100 mil), Alfredo Wagner (17,9/100 mil) e Ituporanga (18,8/100 mil). Os resultados mostraram que houve variação na taxa de contaminação no período 2012-2020 entre as cidades selecionadas. Presume-se que o crescimento dos casos decorra da falta de uso de preservativos e falta de conhecimento a respeito da sífilis adquirida. Quanto à diminuição dos casos em 2020, acreditamos que seja decorrente de subnotificações durante a pandemia de COVID-19. Os resultados obtidos merecem atenção dos gestores de saúde.