Efeito de probiótico autóctone sobre a performance zootécnica de Pirarucu (Arapaima gigas)

Abstract

O pirarucu (Arapaima gigas) da bacia amazônica é atualmente a maior espécie de peixe de criação e sua produção está aumentando rapidamente no Brasil. O uso de bactérias probióticas como método profilático é reconhecido como uma prática benéfica para aumentar a produção de peixe. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de cepas probióticas autóctones do intestino de pirarucu, nos parâmetros zootécnicos através de experimento in vivo. Para este fim, duas bactérias ácido-láticas (BAL): Lactococcus lactis subsp. lactis e Enterococcus faecium isoladas anteriormente do trato de pirarucu, mostraram adequabilidade in vitro como probióticos. Assim, um experimento de crescimento foi realizado em triplicata (9 unidades experimentais no total) para avaliar a capacidade dos candidatos a probióticos para melhorar os parâmetros de crescimento após 42 dias de suplementação, na concentração de 1,56±0,40x107 UFC.ml-¹ para Lactococcus lactis subsp. lactis e 7,94±0,88x107 UFC.ml-¹ para Enterococcus faecium. Peixes suplementados com L. lactis subsp. lactis apresentaram maior crescimento e ganho de peso comparados com peixes não suplementados, alimentados apenas com ração comercial. Em conclusão, a linhagem Lactococcus lactis subsp. lactis apresentou características probióticas e pode ser considerada probiótica na criação de A. gigas. Esse probiótico poderia contribuir agregando valor à espécie como produto aquícola sustentável.