Abstract:
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O uso da farmacoterapia com corticoides no tratamento da COVID-19 tem sido cada vez mais explorado pela comunidade científica. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi revisar a literatura quanto ao impacto da terapia com corticoide em pacientes COVID-19 positivos, em especial, os que desenvolveram o estado grave da doença. Uma revisão narrativa, na qual foi realizada buscas nas bases de dados PubMed, SciELO, Scopus e LILACS, sendo incluídos 15 estudos originais que se enquadraram nos critérios de inclusão definidos para esse trabalho. Os estudos, no total, incluíram 10.478 pacientes diagnosticados com COVID-19 que necessitaram de intervenções em unidades hospitalares. Desses pacientes, 5526 (52,73%) foram tratados com corticoides. A média de idade dos pacientes variou de 48 a 66 anos. Houve uma maior porcentagem de indivíduos do sexo masculino (aproximadamente 65%). Cerca de 8.393 (80,1%) foram admitidos em unidades de terapia intensiva e, aproximadamente, 6.685 (70,19%) necessitaram de oxigenioterapia, 1.791 (19,86%) estavam em ventilação mecânica invasiva. A Metilprednisolona foi o corticoide mais utilizado, aparecendo em 8 estudos, seguido de Dexametasona (n = 6) e Hidrocortisona (n = 3). A porcentagem de óbitos de pacientes tratados com corticoide variou entre 5,9% a 56,3%, sendo relativamente menor quando comparado ao grupo de cuidados habituais 18,5% a 61,5%. Foi constatado que o grupo corticoide teve uma menor porcentagem de pacientes que necessitaram de ventilação mecânica comparado ao grupo de cuidados habituais. A média de dias de internação hospitalar foi de 9 dias para o grupo corticoide e 11 dias para o grupo de cuidados habituais. Considerando a importância do tema, mais pesquisas são necessárias, a fim de concluir de forma mais precisa os efeitos dessa classe de medicamentos na COVID-19, tornando o seu uso ainda mais seguro, promovendo tratamentos mais eficazes e desfechos favoráveis no prognóstico do paciente. |