Avaliação de crenças dos enfermeiros relacionadas ao uso da máscara de proteção respiratória para prevenção da COVID-19 em uma unidade de terapia intensiva do sul do país

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Avaliação de crenças dos enfermeiros relacionadas ao uso da máscara de proteção respiratória para prevenção da COVID-19 em uma unidade de terapia intensiva do sul do país

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Title: Avaliação de crenças dos enfermeiros relacionadas ao uso da máscara de proteção respiratória para prevenção da COVID-19 em uma unidade de terapia intensiva do sul do país
Author: Sousa, Rayhany Kelly de
Abstract: A partir da descoberta do COVID-19, os enfermeiros foram considerados o grupo com maior risco de adquirir a infecção por esse vírus, uma vez que atuam na assistência direta aos pacientes. Como medida de biossegurança para evitar a contaminação, destaca-se a máscara de proteção individual. Neste estudo, objetivou-se avaliar as crenças e elaborar um instrumento para mensuração das variáveis indiretas relacionadas à categoria comportamental sobre o uso correto da máscara de proteção respiratória entre os enfermeiros em uma Unidade de Terapia Intensiva em tempos de pandemia por COVID-19. Para compreender a temática, desenvolveu-se uma revisão de escopo sobre o uso dos Equipamentos de Proteção Individual pela equipe de enfermagem no âmbito hospitalar e um estudo com abordagem qualitativa, do tipo descritivo, pautado pelo referencial teórico-metodológico da Teoria do Comportamento Planejado integrado ao Modelo de Crenças em Saúde. Na revisão, foram analisados 25 estudos. Como resultados, destaca-se que o Equipamento de Proteção Individual com maior adesão são as luvas e o menor, os óculos. Há necessidade de educação dos profissionais utilizando como estratégia o conhecimento comportamental, manutenção da comunicação nos setores para evitar a contaminação, e padronização das diretrizes. Ainda, que a carga de trabalho influencia na adesão e há carência de estudos sobre manuseio seguro de agentes biológicos e farmacológicos. Quanto ao estudo qualitativo, elaborou-se um instrumento para levantamento das crenças, o qual foi validado e submetido ao pré-teste com cinco enfermeiros e, posteriormente, foi realizada a entrevista com dez enfermeiros e observação participante. Quanto ao levantamento das crenças comportamentais, os profissionais compreendem que o uso correto da máscara é proteção profissional, do paciente, da equipe de saúde e de apoio (limpeza), dos familiares e que causa reações físicas e psicológicas. Em relação às crenças normativas, os enfermeiros compreendem que os profissionais mais propensos a utilizarem a máscara de forma correta são a equipe de enfermagem e os menos propensos são os profissionais de outros setores e médicos da UTI. Nas crenças de controle, abordaram que a educação permanente, continuada, materiais educativos, materiais de boa qualidade, disponibilidade de lixo infectante, identificação do saco de papel no armazenamento e a liderança do enfermeiro ajudaria a usar corretamente e, impediria as condições da máscara, falta de atenção, conhecimento ou equipamento e a pressa. Quanto às crenças de benefício percebido, apresentaram-se equivalentes às comportamentais. Em relação à susceptibilidade à doença, os enfermeiros acreditam que usar corretamente a máscara torna as chances de contaminar-se por COVID-19 pequenas, mas que há chances no armazenamento, e por fim, quanto às crenças de severidade, eles sentem culpa, ansiedade e frustração, ao pensar em se contaminar pela doença durante a sua assistência direta e que pode trazer consequências físicas e psicológicas. Nesse sentido foi construído o instrumento de mensuração das variáveis indiretas. Os resultados desta pesquisa permitiram identificar que as crenças relacionadas ao uso de máscara de proteção respiratória permeiam aspectos pessoais, organizacionais e, a partir destes resultados, é possível sugerir a continuidade na investigação sobre a temática e avaliação dos determinantes diretos da intenção e comportamento.Abstract: After the discovery of COVID-19, nurses were considered the group with the highest risk of acquiring this virus infection, as they work in direct patient care. As a biosecurity measure to avoid contamination, the individual protection mask stands out. This study aimed to assess beliefs and develop an instrument to measure indirect variables related to the behavioral category of correct use of a respiratory protective mask among nurses in an Intensive Care Unit in times of pandemic caused by COVID-19. To understand the topic, a scope review was developed on the use of Personal Protective Equipment by the nursing staff in the hospital environment and a study with a qualitative, descriptive approach, guided by the theoretical methodological framework of the Theory of Integrated Planned Behavior to the Health Belief Model. In the review, 25 studies were analyzed. As a result, it is highlighted that the Personal Protective Equipment with greater adhesion are gloves and the smallest, glasses. There is a need for education of professionals using behavioral knowledge as a strategy, maintenance of communication in the sectors to avoid contamination, and standardization of guidelines. Also, the workload influences adherence and there is a lack of studies on the safe handling of biological and pharmacological agents. As for the qualitative study, an instrument was developed to survey beliefs, which was validated and submitted to a pre-test with five nurses and, subsequently, an interview was carried out with ten nurses and participant observation. As for the survey of behavioral beliefs, professionals understand that the correct use of the mask is professional protection, the patient, the health and support team (cleaning), family members and that it causes physical and psychological reactions. Regarding normative beliefs, nurses understand that the professionals most likely to use the mask correctly are the nursing staff and the least likely are professionals from other sectors and ICU physicians. In the control beliefs, they addressed that permanent and continuing education, educational materials, good quality materials, availability of infectious waste, identification of the paper bag in storage and the nurse's leadership would help to use correctly and prevent the conditions of the mask, lack of attention, knowledge or equipment and haste. As for the perceived benefit beliefs, they were equivalent to the behavioral ones. Regarding the susceptibility to the disease, nurses believe that using the mask correctly makes the chances of being contaminated by COVID-19 small, but that there are chances in storage, and finally, regarding the severity beliefs, they feel guilt, anxiety and frustration, when thinking about being contaminated by the disease during their direct care, which can bring physical and psychological consequences. In this sense, the instrument for measuring indirect variables was built. The results of this research allowed us to identify that the beliefs related to the use of a respiratory protective mask permeate personal and organizational aspects and, based on these results, it is possible to suggest the continuity of the investigation on the theme and the evaluation of the direct determinants of intention and behavior.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2021.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238064
Date: 2021


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