Teletrabalho: o olhar dos gestores universitários

Abstract

O presente estudo tem como objetivo compreender como o gestor, a partir da experiência do trabalho remoto, concebe a possibilidade do teletrabalho dos servidores técnico-administrativos em educação. Trata-se de um estudo de caso, de natureza qualitativa, cuja coleta de informações compreendeu, em um primeiro momento, a pesquisa bibliográfica e documental, seguida da realização de entrevistas semiestruturadas junto aos gestores de nível estratégico da Instituição. A análise das informações coletadas foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo. Na visão dos sujeitos entrevistados, a experiência vivenciada com o trabalho remoto foi um processo de fundamental importância para que a UFSC pudesse perceber as novas possibilidades e, nessa perspectiva estudar a viabilidade da implementação do teletrabalho dos servidores técnico-administrativos em educação na Universidade. No que concerne à Política Institucional do Teletrabalho, ficou evidente que a maioria dos gestores percebe a inexistência dessa Política, mas entendem a sua importância para a Universidade. Para materialização dessa Política é necessário que sejam realizados estudos para implementar ações que sejam em conformidade com a realidade institucional e, que estas, sejam efetivamente divulgadas, para colaborarem com a consolidação do seu fortalecimento. Em relação à Política Pública do Teletrabalho, a maior parte dos gestores entrevistados conhecem as diretrizes dessa Política, e nesse sentido, percebem a interação da Política Pública do Teletrabalho com a Política Institucional. Contudo uma contradição se constitui ao longo deste estudo, ao mesmo tempo que na concepção dos gestores o teletrabalho é viável para a Instituição, ele é um desafio diante da sua materialidade ao processo de gestão. Os resultados apontam que o Teletrabalho, se materializa por ser uma opção responsável por resultados de trabalho consciente, com a execução de suas atividades. Sendo planejado previamente e avaliado o resultado desta ação. Com definição clara das diretrizes da Política Institucional, diante de condições concretas para a sua realização, o trabalhador se constitui como um sujeito da sua ação, pois é uma opção, e não uma imposição como vivenciado pelo trabalho remoto.

Abstract: The present study aims to understand how the manager, from the experience of remote work, conceives the possibility of teleworking for technical-administrative servers in education. This is a case study, of a qualitative nature, whose collection of information comprised, at first, bibliographic and documental research, followed by semi-structured interviews with the Institution's strategic level managers. The analysis of the information collected was performed using the content analysis technique. In the view of the interviewed subjects, the experience with remote work was a process of fundamental importance so that UFSC could perceive the new possibilities and, in this perspective, study the feasibility of implementing telework for technical-administrative employees in education at the University. Regarding the Institutional Telework Policy, it was evident that most managers perceive the inexistence of this Policy, but understand its importance for the University. In order to materialize this Policy, studies must be carried out to implement actions that are in accordance with the institutional reality and that these are effectively disseminated, in order to collaborate with the consolidation of its strengthening. Regarding the Telework Public Policy, most of the interviewed managers know the guidelines of this Policy, and in this sense, they perceive the interaction of the Telework Public Policy with the Institutional Policy. However, a contradiction is constituted throughout this study, at the same time that in the managers' conception, teleworking is viable for the Institution, it is a challenge in the face of its materiality to the management process. The results show that Telework materializes as an option responsible for results of conscious work, with the execution of its activities. Being planned in advance and evaluated the result of this action. With a clear definition of the Institutional Policy guidelines, in the face of concrete conditions for its realization, the worker constitutes himself as a subject of his action, as it is an option, and not an imposition as experienced by remote work.