Análise da interação entre proteínas vegetais hidrolisadas e cabelo termicamente danificado por FT-IR (ATR)

Abstract

O cabelo consiste principalmente de proteínas em ɑ-hélice conhecidas como ɑ-queratinas, bem como proteínas associadas à queratina, responsáveis ​​​​por dar ao cabelo suas propriedades características, como força e forma. Ferramentas térmicas para modelagem dos cabelos podem danificar extensivamente a cutícula do cabelo, tornando a haste do cabelo menos protegida, mais quebradiça e porosa. Proteínas hidrolisadas têm sido amplamente utilizadas em cosméticos capilares devido à sua propriedade de substantividade. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a extensão do dano térmico capilar causado pelo tratamento térmico, assim como a avaliação da interação entre proteínas vegetais hidrolisadas e a superfície danificada do cabelo por espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FT-IR). Em geral, o dano térmico provocou a diminuição da intensidade de algumas bandas (2923, 2853, 1633 e 1043 cm-1) e o desaparecimento da banda em 798 cm-1 em relação aos cabelos não danificados. Além disso, a banda Amida II deslocou-se para números de onda mais baixos, indicando uma possível mudança na conformação da proteína. Os resultados podem indicar que as proteínas vegetais hidrolisadas são capazes de formar interações fracas (efeito de substantividade), mas não são capazes de formar ligações fortes, como ligações covalentes, na superfície do cabelo danificado pelo calor. Isso significa que elas são úteis principalmente em produtos capilares leave-in, e que o uso contínuo do produto é necessário para manter os benefícios cosméticos da fibra.