Cartografias da floresta: território e colonização em À margem da história, de Euclides da Cunha, e A queda do céu: palavras de um xamã yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert.

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Cartografias da floresta: território e colonização em À margem da história, de Euclides da Cunha, e A queda do céu: palavras de um xamã yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert.

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Title: Cartografias da floresta: território e colonização em À margem da história, de Euclides da Cunha, e A queda do céu: palavras de um xamã yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert.
Author: Coelho, Arine Pfeifer
Abstract: Este trabalho apresenta uma análise comparada dos livros À margem da história (1909), de Euclides da Cunha, e A queda do céu: palavras de um xamã yanomami (2015), de Davi Kopenawa e Bruce Albert, o primeiro escrito em um país periférico e ex-colônia no auge do imperialismo ocidental; o segundo, após as independências do pós-guerra que reconfiguraram as relações geopolíticas mundiais. A análise permitiu apontar vínculos entre literatura e território e mostrar como essas duas “cartografias da floresta” projetam imaginários sobre o espaço que se articulam a lutas territoriais do presente. Enquanto Euclides da Cunha localiza a floresta, Hyloe, como território à margem da nação, a ser ocupado a partir de um projeto civilizatório que exclui os povos originários, Kopenawa e Albert, a partir da voz do xamã yanomami, apresentam a floresta, Urihi a, como uma elaborada teia de relações cuja destruição ameaça a existência do mundo todo. A queda do céu é abordado no âmbito da literatura indígena brasileira contemporânea, ou seja, da literatura de autoria indígena, forjada no espaço do contato e da tradução, capaz de redesenhar o território e alterar, de forma imprevista, a paisagem colonial da nação literária.This work presents a comparative analysis of the books À margem da história (1909), by Euclides da Cunha, and A queda do céu: palavras de um xamã yanomami (2015), by Davi Kopenawa and Bruce Albert, the first written in a peripheral country and former colony at the height of western imperialism; the second, after the post-war independences that reconfigured world geopolitics. The analysis made it possible to point out links between literature and territory and to show how these two “forest cartographies” project imaginaries over space that are articulated to territorial struggles of the present. While Euclides da Cunha locates the forest, Hyloe, as a territory on the fringes of the nation, to be occupied from a civilizing project that excludes native peoples, Kopenawa and Albert, from the voice of the Yanomami shaman, approach the forest, Urihi a, as an elaborate web of relationships whose destruction threatens the existence of the entire world. A queda do céu is addressed in the context of contemporary Brazilian indigenous literature, that is, literature by indigenous authorship, forged in the space of contact and translation, capable of redesigning the territory and changing, in an unexpected way, the colonial landscape of the literary nation.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Comunicação e Expressão.Curso de Licenciatura e Bacharelado em Língua Portuguesa e Literaturas em Língua Portuguesa
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238730
Date: 2022-03-25


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