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O plantio de pêssego (Prunus persica) no Brasil, uma fruta nativa da China, é feito sobretudo
no Sudeste e no Sul, devido às condições climáticas favoráveis. A fruta é amplamente
consumida graças ao seu sabor e aroma característicos. Dentre os subprodutos do
processamento da fruta destaca-se a casca do caroço, um resíduo agroindustrial gerado em
grande escala no Brasil, embora ainda pouco explorado na indústria, sendo em grande parte
descartado em aterros de resíduos sólidos urbanos. Assim, o presente estudo teve como
objetivo determinar a atividade fenólica presente nos extratos recuperados da casca do caroço
de pêssego através de técnica de maceração e extração assistida por Micro-ondas (EAM).
Foram utilizadas como variáveis do processo EAM a temperatura e o tempo de processo em
10, 20, 30 min e em 40, 60 e 80 ºC. As melhores condições foram definidas com base no
rendimento de extração. O solvente utilizado foi etanol/água destilada (70:30 v/v) na
proporção 1:20 (g de amostra por mL de solução). Os extratos obtidos foram avaliados
quanto ao conteúdo fenólico total pelo método de Folin-Ciocalteu. Conclui-se que este
resíduo é rico em fibras, seguido de carboidratos, e com baixo teor lipídico e proteínas. Além
disso, verificou-se que a técnica de extração assistida por Micro-ondas é uma técnica
promissora, que obteve o maior rendimento (6,92%) na condição de 80 ºC - 20 min. Em
relação a extração de compostos fenólicos, a mesma técnica apresentou o maior rendimento
na condição (60º C- 20 min) 12,61 mg EAG/mg de extrato. Enquanto a técnica de maceração,
a condição de 60 ºC - 30 min foi a que obteve melhor rendimento global de extração e de
fenólicos, com os respectivos valores 6,10% e 15,06 mg EAG/mg de extrato. Com isso, o
resíduo de pêssego pode ser melhor aproveitado, por ser uma fonte rica em fibras e pelo teor
de compostos fenólicos presentes e a técnica de extração assistida por Micro-ondas é uma
técnica atrativa, que promoveu bons resultados de extração desses compostos. |
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