Abstract:
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Introdução: A COVID-19 é uma infecção respiratória causada pelo SARS-CoV-2, com sintomas variados e potencialmente graves. O paciente hospitalizado pode desenvolver complicações do período hospitalar, ou da própria doença, essas alterações podem surgir durante a internação e perdurar no período pós alta impactando diretamente na funcionalidade e na qualidade de vida dos acometidos.
Método: Trata-se de um estudo analítico longitudinal realizado com pessoas hospitalizadas por COVID-19 em Santa Catarina, Brasil. Os participantes foram entrevistados por telefone em quatro períodos diferentes (na internação, referente ao período pré-infecção, 30, 90 e 180 dias após a alta hospitalar) para avaliação da funcionalidade por meio do World Health Organization Disability Assessment 2.0 (WHODAS 2.0) e da qualidade de vida através do Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36). Para comparação dos períodos, foi utilizado o teste de Friedman com comparações pareadas. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados e discussão: A amostra final incluiu 99 indivíduos os quais foram entrevistados nos 4 períodos determinados, a maioria era homens (51,51%), idade média de 54,76±16,69 anos, brancos (88,89%) e casados (69,3%), não fumante (83,84%), com Diabetes Mellitus (58,59%) e Hipertensão Arterial Sistêmica (48,49%). Foi-se observado aumento na incapacidade e queda na qualidade de vida de hospitalizados pela COVID-19, exceto pelos domínios auto-cuidado (WHODAS 2.0), aspectos emocionais e estado geral de saúde (SF-36), os demais se mantiveram alterados durante todos os períodos pós-alta comparado com a pré-internação. As maiores alterações que se mantiveram nos 180 dias nos respectivos questionários foram nos domínios participação e vitalidade.
Conclusão: A funcionalidade e a qualidade de vida são afetados devido a hospitalização pela COVID-19, embora haja melhora, permanecem afetados com o passar do tempo. |