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Um problema comum que acomete usuários de próteses dentárias é o
manchamento entre dente artificial e base de prótese, que ocorre por conta da
infiltração de pigmentos na região. Além da questão estética, é criado um ambiente
propício à proliferação de microrganismos, podendo ser prejudicial à saúde destes
indivíduos.
O presente estudo in vitro teve como objetivo avaliar o grau de percolação e
microinfiltração de corante na interface formada entre o dente artificial e diferentes
materiais utilizados na confecção de bases de próteses, como resinas acrílicas
termicamente ativadas (RAAT) e os compósitos gengivais fotopolimerizáveis (CGF).
Foram confeccionados espécimes compostos por um dente artificial inserido em
uma base de resina acrílica (RAAT) cor rosa Onda-Cryl. Primeiramente, foi criado um
molde padrão em silicone laboratorial de duplicação para inclusão dos dentes em
cera 7 , a qual posteriormente foi substituída por RAAT. Após a inclusão, os
espécimes foram divididos aleatoriamente segundo o compósito aplicado (Nexco
(Ivoclar Vivadent, Zurique, Suíça), Pala Cre-active (Heraus Kulzer, Hanau,
Alemanha), Gradia Plus Gum (GC America, Illinois, EUA); região de aplicação e nível
de recobrimento gengival (0, 2mm, 4mm e 6mm.)
Para a avaliação do grau de percolação, os espécimes foram imersos em corante
azul de metileno, a 3%, em estufa a 37°C, permanecendo imersos por 1, 7 e 14 dias.
Após o envelhecimento, os espécimes foram seccionados e tiveram suas fatias
analisadas em estereomicroscopio medindo-se a quantidade de penetração do
corante em milímetros.
Após análise exploratória dos dados, foi realizada ANOVA um fator seguido de
Bonferroni (α=0.05). Os espécimes com margem gengival confeccionada em RAAT
apresentaram menor grau de percolação (p<0.0001) quando comparados aos
espécimes com margem gengival em compósito. Foi observado maior grau de
percolação nos espécimes com 2mm, 4mm e 6mm de recobrimento (p=0.03) e nos
espécimes imersos em corante por mais de 7 dias (p<0.01).
As resinas acrílicas termicamente ativadas apresentaram menor grau de
percolação em relação aos compósitos gengivais fotopolimerizáveis, indicando que a
manutenção da margem gengival em RAAT pode ser eficiente para minimizar a
ocorrência de microinfiltração nessa região. |
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