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O desenvolvimento de nanopartículas (NPs) tem obtido cada vez mais atenção nas últimas décadas. Dentre suas aplicações, pode-se destacar o uso como nanocarreadores (NCs) na área biomédica, garantindo especificidade e controle na entrega de fármacos em seres vivos. Diversos relatos na literatura podem ser encontrados sobre a síntese e aplicações de NCs biopoliméricos. Nos últimos anos, cada vez mais medicamentos e vacinas utilizando essa tecnologia podem ser encontrados, como por exemplo a vacina para a COVID-19. Um ponto crítico no desenvolvimento é a escolha dos materiais, que necessitam possuir características específicas, como biocompatibilidade e biodegradabilidade. No presente trabalho, utilizou-se gelatina, um biopolímero que se destaca por possuir qualidades necessárias para aplicações biomédicas. Com isso, o projeto tem como objetivo a síntese de NPs de gelatina dispersas em um meio orgânico, por meio da reação de adição de aza-Michael em miniemulsão inversa, e posteriormente redispersas em um meio aquoso, visando a entrega controlada de fármacos hidrofílicos. Primeiramente, nanogotas são formadas dispersando e sonicando uma fase orgânica (ciclohexano (CH) e polirricinoleato de poliglicerol (PGPR)), e uma fase aquosa (gelatina, 1,8 1,8-diazabiciclo[5.4.0]undec-7-eno e uma solução de cloreto de sódio). Uma segunda fase orgânica (CH, PGPR e 1,4-butanediol diacrilato (1,4-BDDA)), é adicionada e sonicada, dando início a reação de reticulação. A reação segue por 24 h a 50 °C sob agitação magnética. Ao final, NPs reticuladas foram obtidas (em triplicata) com diâmetro médio (Espalhamento de Luz Dinâmico), de 190,9 ± 0,7 nm e índice de polidispersão (PDI) de 0,099 ± 0,022. No presente momento, técnicas de redispersão, com resultados promissores, estão sendo experimentadas. Os próximos passos serão a encapsulação do fármaco (doxorrubicina) e análises de estabilidade coloidal e de liberação do fármaco em NPs redispersas em meio aquoso. |
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