dc.description.abstract |
Em 1965, o filósofo Theodor W. Adorno proferiu uma conferência radiofônica, que no ano seguinte apareceu em livro que reunia ensaios seus – pensados como modelos críticos –, chamada Educação após Auschwitz. O presente trabalho é resultado de uma pesquisa sobre essa obra, entendida como suma educacional do projeto de uma dialética do esclarecimento, levado a cabo pelo autor em colaboração com Max Horkheimer. Ela pode ser dividida em dois planos: o do diagnóstico de época, com atenção ao lugar da educação na sociedade; o das proposições para que a barbárie, significada em Auschwitz, não se repita, tarefa que Adorno atribui como primordial para a educação. Para cada um dos planos, um conjunto de motivos psicanalíticos sustenta os argumentos apresentados. Esses motivos foram identificados e analisados (com recurso a Freud e suas obras tidas como sociológicas) em sua radicação empírica, processo que, metodologicamente, segue a proposição de Dialética negativa (livro do autor, de 1966), segundo a qual é preciso observar, além da prioridade do objeto, a dialética que nele se instala entre o conceitual e o não-conceitual. É nesse contexto que emergem, de forma socialmente orientada, conceitos clássicos da tradição educacional, como autonomia, experiência e esclarecimento, bem como a procura por uma educação para a democracia, o que inclui a formação subjetiva para ela e, portanto, a resistência ao desenvolvimento da personalidade autoritária e antidemocrática. |
pt_BR |