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A entrada de nutrientes nos ambientes costeiros tem se intensificado, principalmente devido
ao desenvolvimento progressivo das atividades antrópicas. Esta entrada, principalmente de
compostos nitrogenados e fosfatados, tem elevado potencial em causar eutrofização nos
ambientes marinhos. Uma possível alternativa para remover tais contaminantes é a utilização
de macroalgas como agentes biorremediadores. A macroalga Pterocladiella capillacea,
utilizada neste estudo, possui relevância econômica, todavia, escassos são os estudos
avaliando a sua capacidade de biorremediação e as alterações causadas neste organismo pelos
nutrientes. Assim, o presente estudo propôs analisar os efeitos de diferentes concentrações de
nitrato e fosfato na macroalga vermelha P. capillaceae e as alterações morfofisiológicas
causadas. Para isto, utilizou-se 2 g de massa fresca do talo de P. capillaceae cultivadas
durante 28 dias em diferentes concentrações de nitrato e fosfato: controle (água do mar
enriquecida com meio von Stosch com adição de nitrato e fosfato), controle 0 (água do mar
enriquecida com meio von Stosch sem adição de nitrato e fosfato), 1 mM, 10 mM e 50 mM
em razão N/P de 100:1 e 10:1. Percebeu-se que a disponibilidade de nutrientes possibilitou
maiores taxas de crescimento, pigmentação intensa do talo, elevadas quantidades de
pigmentos fotossintentizantes e proteínas totais. A amostra com escassez de nutriente, como
no controle 0, apresentou alta taxa de crescimento, todavia, percebeu-se forte despigmentação
dos talos e diminuição dos pigmentos fotossintetizantes e proteínas totais. Da mesma forma, a
amostra com excesso de fosfato, tratamento 50 mM em proporção 10:1, apresentou
despigmentação dos talos e baixas quantidades de pigmentos fotossintentizantes e proteínas
totais. Além disso, obteve menor taxa de crescimento, com perda de massa algal. Portanto, a
presença de nitrato e fosfato foi um fator determinante para o crescimento e desenvolvimento
da macroalga P. capillaceae, com influências positivas relacionadas ao nitrato. De maneira
oposta, o excesso de fosfato causou efeitos deletérios na alga. |
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