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O fruto juçara provém da palmeira Euterpe edulis Martius (Arecaceae), uma palmeira tropical nativa da Mata Atlântica encontrada principalmente nas regiões sul do nordeste, sudeste e sul do país. As propriedades nutricionais dos frutos da palmeira Euterpe edulis Martius vêm chamando a atenção de pesquisadores nos últimos anos, principalmente, pela presença de ácidos graxos monoinsaturados e compostos bioativos, especialmente as antocianinas. As antocianinas têm sido associadas a benefícios para saúde pelos seus efeitos antioxidantes, que podem neutralizar a produção de espécies reativas de oxigênio, melhorar a fadiga e desempenho durante exercícios prolongados de alta intensidade e resistência, como o ciclismo. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do consumo do fruto juçara sobre biomarcadores de estresse oxidativo, fadiga e desempenho em ciclistas treinados. Em um ensaio clínico randomizado, cross-over e triplo-cego, 13 ciclistas treinados foram randomizados em dois grupos para o recebimento do fruto juçara ou placebo (codificados como α e β, os quais serão revelados após a finalização de todas as análises estatísticas, considerando que o estudo se encontra em andamento) para consumo durante sete dias, incluindo o dia do teste máximo de tempo de exaustão. Amostras de sangue venoso e capilar foram obtidas para avaliação dos biomarcadores de estresse oxidativo e lactato, respectivamente. Os biomarcadores de estresse oxidativo avaliados foram: fenóis totais, glutationa reduzida (GSH), glutationa oxidada (GSSG), razão GSH:GSSG, glutationa peroxidase (GPx), proteínas carboniladas (PC) e malondialdeído. A partir da análise de variância para medidas repetidas de duas vias (two-way RM-ANOVA), até o momento, foi constatado um efeito do tratamento (intervenção) para a relação GSH:GSSG (p = 0,001), mostrando uma maior relação para a intervenção α. Também foi observado um efeito do tempo para o lactato (p = 0,000) em ambas as intervenções. Até o presente, não foram observadas diferenças significativas entre as variáveis relacionadas à fadiga e desempenho do teste máximo de tempo de exaustão, entretanto, foi observado um aumento de 7,5% no tempo de conclusão do teste máximo de exaustão para a intervenção β. Dentre as atividades realizadas pela bolsista destacam-se: realização de coletas sanguíneas dos participantes; participação na aliquotagem das amostras, na preparação de reagentes, a realização das análises dos biomarcadores de estresse oxidativo e nas análises estatísticas dos dados. |
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