Influência da temperatura da larvicultura na diferenciação sexual e do hormônio 17β-estradiol na feminização de juvenis Mugil liza

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Influência da temperatura da larvicultura na diferenciação sexual e do hormônio 17β-estradiol na feminização de juvenis Mugil liza

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Title: Influência da temperatura da larvicultura na diferenciação sexual e do hormônio 17β-estradiol na feminização de juvenis Mugil liza
Author: Monteiro, Caio Ramalho
Abstract: A tainha (Mugil liza Valenciennes, 1836) é uma espécie de peixe pelágico, de característica rústica e de grande potencial para o cultivo em ambiente controlado. Além de serem uma espécie muito apreciada, possuem grande importância para a pesca artesanal e comercial. Tradicionalmente, o setor artesanal utiliza tanto em alimentação e comercialização (fresca ou salgada), quanto em suas manifestações culturais em período de migração reprodutiva do animal, que movimentam um importante mercado turístico e gastronômico ao longo de todo o litoral sudeste e sul brasileiro (MIRANDA, 2007), como a Festa da Tainha que ocorre em Florianópolis, Santa Catarina. Estando disponível à pesca em mar aberto durante sua migração reprodutiva, a espécie se torna vulnerável colocando em risco o estoque pesqueiro natural (ICMBIO, 2015), tendo criação em cativeiro como de forma direta na sustentabilidade bio-ecológica e socioeconômica do pescado. Chegando a medir até 100cm de comprimento, podendo pesar em média até 6kg, a M. liza apresenta excelentes índices zootécnicos como alta rusticidade, resistência a diferentes percentuais de salinidade e fácil adaptação a troca de alimentação natural para artificial, além de se beneficiar da interação com outras espécies, porém conseguindo viver isoladamente sem nenhum prejuízo para a sua sobrevivência, a tornando um grande potencial para atividades de piscicultura marinha, tanto para o segmento científico quanto para segmento comercial. Contendo excelente qualidade e um alto valor comercial, conhecido como bottarga, o "caviar brasileiro”, as gônadas femininas (ovas) possui uma grande demanda de mercado, principalmente no quesito exportação, o que torna desejável e atrativo o cultivo monosexo de fêmeas da espécie. Utilizando técnicas para a feminização, vistas antes como sucesso para outras espécies de peixes, o experimento teve como objetivo de se obter a inversão sexual por meio do método direto, utilizando-se hormônio 17β-estradiol via oral implementado em ração comercial utilizados para a alimentação dos juvenis para obtenção de lotes de monosexos. No experimento, cinco tratamentos utilizando 60, 80, 100, 120 e 140 mg de 17β-estradiol por Kg de ração e um controle sem o uso de hormônio foram utilizados a partir da etapa da troca de alimento vivo para inerte no período de 60 dias. Após os tratamentos, os lotes foram acompanhados por mais 24 meses até a maturação. Para as tainhas desse estudo houve uma frequência muito superior de machos, indicando que além dos fatores genéticos, fatores ambientais, podem estar atuando nos mecanismos de determinação do sexo. Como a espécie apresenta diferenciação sexual tardia, o que ocorreu apenas no segundo ano após o período experimental, foram identificadas gônadas masculinas em 94,64%, femininas em 1,78%, e intersexuais em 3,57% dos animais, mas não ocorrendo a inversão sexual (tecido testicular contendo exclusivamente células germinativas femininas). A temperatura e os tratamentos hormonais influenciaram na alteração das gônadas da Mugil liza, porém nenhum teve efeito feminizante esperado. Outros testes devem ser realizados, alterando o tamanho inicial dos indivíduos e a duração do tratamento para que se possa, possivelmente, chegar a um resultado esperado na espécie para se chegar a um protocolo adequado.
Description: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Ciências Agrárias. Departamento de Aquicultura
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/239532
Date: 2022-09-14


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