Obesidade, qualidade muscular, dor e grau de degeneração articular em mulheres com osteoartrite de joelho

Abstract

A osteoartrite é uma das doenças crônicas que mais afetam a população mundial, e as mulheres são as mais afetadas. Infelizmente, espera-se que sua prevalência aumente – tanto pelo aumento da expectativa de vida quanto devido aos níveis crescentes de obesidade que têm sido observados. No passado, a associação entre obesidade e osteoartrite foi explicada pelo aumento da sobrecarga mecânica articular. Entretanto, hoje se sabe que há uma ponte de natureza metabólica que une as duas condições clínicas. Nesse contexto, acredita-se que o músculo esquelético apresenta um papel central na etiologia da osteoartrite e no prognóstico desses pacientes. Apresentamos uma caracterização inicial de pacientes com osteoartrite de joelho atendidos em uma clínica ortopédica da grande Florianópolis durante os anos de 2020 e 2021, bem como dados preliminares de um teste piloto acerca da avaliação da qualidade muscular, dor e IMC. Pacientes com sobrepeso ou obesidade apresentaram maior média de pontuação na escala de dor WOMAC que os pacientes com IMC menor que 25. Mulheres apresentaram maior média de pontuação na escala de dor WOMAC do que os homens. No teste piloto envolvendo a análise da qualidade muscular, a média de ecointensidade corrigida foi consideravelmente maior para a paciente com osteoartrite.