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Introdução: Os testes de exercício incremental têm sido tradicionalmente utilizados nas áreas da medicina e do desempenho esportivo, com intuito de diagnosticar as funcionalidades e/ou disfuncionalidades fisiológicas associadas ao exercício físico. Com o passar dos anos, e frente a um novo público de corredores especializados em provas com variações de altimetria (i.e. trilha, montanha, orientação), estudos com teste incremental com e sem inclinação vem sendo estudados para encontrar qual teste geraria valores “verdadeiros” de VO2max e, portanto, seria mais específico para esta população. Apesar disto, as respostas de VO2pico, FCpico e pico de lactato ainda são divergentes entre os estudos. Objetivo: Revisar e meta analisar os estudos que compararam protocolos incrementais de corrida com e sem inclinação e reportaram desfechos de VO2pico, FCpico ou pico de lactato. Métodos: A busca na literatura foi realizada na base de dados PubMed. As meta-análises foram feitas por inferência Bayesiana. Resultados: Dezesseis estudos foram incluídos, reportando desfechos de VO2pico, FCmax ou pico lactato sanguíneo comparados entre testes horizontais e inclinados. Em relação aos protocolos horizontais, os protocolos inclinados apresentaram maiores valores de VO2pico (2,79% [3,82% para 1,75%]), menores valores de FCpico (-1,06% [0,39% para -1,74%]) e maiores valores de lactato pico (6,08% [12,72% para 0,64%]). Conclusão: Os protocolos incrementais de corrida com inclinação geram maiores valores de VO2pico, sendo a principal explicação para isso a maior massa muscular envolvida no exercício. Ao mesmo tempo, os valores menores de FCpico encontrados nos testes com inclinação deixam dúvidas acerca dos mecanismos fisiológicos responsáveis por estas respostas. |
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