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Com o advento de novas tecnologias e com a crescente preocupação com o
meio ambiente, intensificou-se a quantidade de pesquisas realizadas com o
intuito de desenvolver novos lubrificantes que aliam uma maior eficiência e um
menor impacto para a natureza, principalmente com a inserção de partículas
nanolubrificantes e outros aditivos em óleos já comercializados. Entretanto, para
que se possa realizar um estudo fundamentado acerca da alteração de novos
óleos lubrificantes, é necessário possuir conhecimento reológico do óleo a ser
alterado. Com isso, este trabalho tem como objetivo o estudo do comportamento
reológico de óleos lubrificantes a temperaturas de 25, 50 e 75°C comumente
utilizados em sistemas de refrigeração sob altas taxas de cisalhamento. Para
tanto, utilizou-se um reômetro de placas paralelas para o desenvolvimento da
caracterização reológica, onde foi realizada, inicialmente, a avaliação da água
para observar que a melhor condição a ser utilizada para a análise dos óleos
lubrificantes era empregar uma distância entre placas de 200 μm e um volume
amostral dos óleos de 580 μL. Além disso, os ensaios realizados para os óleos
tiveram a seguinte dinâmica: empregou-se taxas de cisalhamento até 20.000 s
-1
(ida) e, ao alcança-la, submeteu os óleos a taxas de cisalhamento decrescentes
(volta), retornando para a taxa de cisalhamento de 0 s-1
. Os resultados obtidos
foram analisados de forma comparativa e matemática com os modelos de fluidos
newtonianos e não newtonianos. Os óleos Alquilbenzenos e Mineral, a depender
do valor da taxa de cisalhamento e da temperatura os quais estavam
submetidos, apresentaram leves inclinações diferentes, variando entre
comportamento newtoniano, dilatante e pseudoplástico. Os óleos Poliolesteres,
por sua vez, a partir da taxa de cisalhamento de 15.000 s-1
, apresentaram queda
da taxa de cisalhamento, fato esse que não foi observado para os outros óleos.
Com isso, analisou-se a possibilidade dos óleos Poliolesteres possuírem
dependência com o tempo. Para isso, o óleo Poliolesteres ISO 10 foi submetido
à taxa de cisalhamento de 20.000 s
-1
, permaneceu 60 minutos em repouso e foi
submetido novamente a mesma taxa de cisalhamento, sendo que um novo
ensaio foi realizado com a mesma amostra, porém com um intervalo de tempo
de 30 minutos. Assim, ficou evidenciado que a viscosidade, para os óleos
Poliolesteres estudados, possuem uma dependência direta com o tempo. A
análise realizada por meio dos modelos matemáticos evidenciou que os óleos
apresentaram comportamento praticamente newtoniano para praticamente
todas as temperaturas, sendo que os Poliolesteres demonstraram
comportamento newtoniano até taxas de cisalhamento próximas a 15.000 s-1
,
onde houve uma queda brusca, caracterizando-se, a partir dessa taxa, como um
óleo pseudoplástico. |
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