dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Pizzichini, Emilio |
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dc.contributor.author |
Cani, Katerine Cristhine |
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dc.date.accessioned |
2022-10-21T19:04:02Z |
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dc.date.available |
2022-10-21T19:04:02Z |
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dc.date.issued |
2021 |
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dc.identifier.other |
378401 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/241145 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2021. |
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dc.description.abstract |
O comprometimento da função pulmonar está associado ao aumento da morbimortalidade em pacientes cardiovasculares. Adicionalmente, alguns dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias podem ser compartilhados, e as doenças associadas, gerar impactos negativos nos desfechos clínicos dos pacientes. Entretanto, ainda não se sabe qual é a frequência de limitação crônica do fluxo aéreo (LCFA) não diagnosticada em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca (CC). O objetivo do estudo foi investigar a frequência de LCFA não diagnosticada em pacientes submetidos à CC, e sua relação com desfechos pós-operatórios sob a indicação segura do procedimento cirúrgico. Trata-se de um estudo observacional, prospectivo, do tipo coorte. A população da pesquisa foi composta por pacientes submetidos à CC no Imperial Hospital de Caridade de Florianópolis/SC nos anos de 2018/2019. O protocolo de avaliação foi dividido em três momentos: avaliação pré-operatória onde foram coletados dados pessoais e histórico da doença, realizada avaliação da função pulmonar e preenchimento dos questionários e escalas (Classificação funcional da Insuficiência Cardíaca segundo a NYHA, CAT, mMRC e MLHFQ); avaliação pós-operatória: variáveis cirúrgicas, complicações pulmonares e morbidades maiores, tempo de ventilação mecânica invasiva (VMI), tempo de internação (unidade de terapia intensiva, pós-operatório e hospitalar), risco cirúrgico e mortalidade. E o terceiro, o período do acompanhamento até um ano após a alta (trimestral): procura à atenção de saúde não programada, infecções respiratórias, internações hospitalares, prática de atividade física, participação em programa de reabilitação cardiovascular/pulmonar, e mortalidade. O teste t de Student independente e/ou o teste U de Mann-Whitney de amostras independentes foram utilizados para as comparações entre os grupos (com e sem LCFA). O teste de qui-quadrado foi utilizado para comparar a distribuição da frequência entre os grupos e para verificar a presença de associação entre as variáveis. Dos 86 indivíduos incluídos, aproximadamente 33% apresentavam diagnóstico de LCFA, sendo que, 71,4% deles não apresentavam diagnóstico prévio. Além disso, oito (9,3%) indivíduos apresentavam critérios espirométricos para doença pulmonar obstrutiva crônica, e desses, 7 (87,5%) não apresentavam diagnóstico prévio. Os pacientes com e sem LCFA não apresentaram diferenças quanto aos desfechos no pós-operatório, incluindo assim, as morbidades maiores, complicações pulmonares, tempo de internação e tempo de VMI (p>0,05). Cerca de cinco pacientes foram a óbito no período de internação hospitalar, desses, um (3,6%) apresentava LCFA. A LCFA não apresentou associação com a mortalidade (p=,607). Durante o acompanhamento pós-alta hospitalar, os pacientes com LCFA não se diferenciaram quanto a procura à atenção médica não programada, internações hospitalares e infecções respiratórias dos pacientes sem LCFA (p>0,05). No período de 1 ano após a alta, 3 pacientes foram a óbito, todos apresentavam LCFA. Dessa forma, o presente estudo concluiu que a frequência de LCFA é relativamente alta em pacientes submetidos à CC e maior que da população geral quando comparada à literatura, apresentando alta taxa de pacientes não diagnosticados no pré-operatório. Como não foram encontradas diferenças entre os pacientes com e sem LCFA quanto aos desfechos no pós-operatório, a CC foi uma indicação segura para pacientes com LCFA à curto e médio prazo. |
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dc.description.abstract |
Abstract: Impaired pulmonary function is associated with increased morbidity and mortality in cardiovascular patients. Additionally, some of the risk factors for cardiovascular and respiratory diseases can be shared, and the associated diseases, generate negative impacts on the clinical outcomes of patients. However, the frequency of undiagnosed chronic airflow limitation (CAL) in patients undergoing cardiac surgery (CS) is still unknown. The aim of the study was to investigate the frequency of undiagnosed CAL in patients undergoing CS, and its relationship with postoperative outcomes under the safe indication of the surgical procedure. This is an observational, prospective, cohort and quantitative study. The research population consisted of patients who underwent CS at the Imperial Hospital de Caridade in Florianópolis/SC in 2018 and 2019. The assessment protocol was divided into three stages: preoperative assessment: were collected personal data and history of the disease, assessment of lung function and filling out the questionnaires and scales (Functional Classification of Heart Failure according to NYHA, CAT, mMRC and MLHFQ); postoperative evaluation: surgical variables, pulmonary complications and major morbidities, time on invasive mechanical ventilation (MV), length of stay (intensive care unit (ICU), postoperative and hospital), surgical risk and mortality. And the third, the follow-up period up to one year after discharge (quarterly assessment): data related to the search for unscheduled health care, respiratory infections, hospital admissions, physical activity and mortality. Independent Student's t-test and/or independent-sample Mann-Whitney U test were used for comparisons between groups (with and without CAL). The chi-square test was used to compare the frequency distribution between groups and to verify the presence of association between variables. Of the 86 individuals included in the study, approximately 33% were diagnosed with CAL, and 71.4% of them had no previous diagnosis. In addition, eight (9.3%) individuals had spirometric criteria for chronic obstructive pulmonary disease, and of these, 7 (87.5%) of them had no previous diagnosis of the disease. Patients with and without CAL did not present differences in postoperative outcomes, thus including major morbidities, pulmonary complications, length of stay and ventilatory support (p>0.05). About five patients died during the hospital stay, of which one (3.6%) had CAL and three (5.2%) did not. CAL was not associated with mortality (p=.607). During post-discharge follow-up, patients with CAL did not differ in terms of seeking unscheduled medical care, hospital admissions and respiratory infections in patients without CAL (p>0.05). Within 1 year after discharge, 3 patients died, all of whom had CAL. Thus, the present study concluded that the frequency of CAL is relatively high in patients undergoing CS and higher than in the general population when compared to the literature, with a high rate of undiagnosed patients in the preoperative period. As no differences were found between patients with and without CAL regarding postoperative outcomes, CS was a safe indication for patients with CAL in the short and medium term. |
en |
dc.format.extent |
82 p.| il., gráfs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Ciências médicas |
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dc.subject.classification |
Pneumopatias obstrutivas |
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dc.subject.classification |
Coração |
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dc.subject.classification |
Tórax |
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dc.subject.classification |
Espirometria |
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dc.subject.classification |
Cirurgia |
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dc.subject.classification |
Mortalidade |
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dc.title |
Limitação crônica do fluxo aéreo e indicação de cirurgia cardíaca |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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dc.contributor.advisor-co |
Silva, Rosemeri Maurici |
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