Relação entre a diversidade funcional e área em assembleias de peixes recifais sujeitas a um gradiente de riqueza de espécies

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Relação entre a diversidade funcional e área em assembleias de peixes recifais sujeitas a um gradiente de riqueza de espécies

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Floeter, Sergio Ricardo
dc.contributor.author Danielski, Samara Leopoldino
dc.date.accessioned 2022-12-13T11:51:54Z
dc.date.available 2022-12-13T11:51:54Z
dc.date.issued 2022
dc.identifier.other 379284
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/242634
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2022.
dc.description.abstract Entender os padrões e processos que regem a estruturação funcional das comunidades ao longo de escalas espaciais ainda é um desafio na ecologia de comunidades. A diversidade funcional é resultado da atuação de filtros abióticos e bióticos, os quais regulam a presença e contribuição de atributos funcionais existentes nas assembleias. Estudos em grande escala demonstram que a fauna de peixes recifais apresenta um elevado grau de redundância funcional, na qual a adição de novas espécies, normalmente, não resulta em novas funções nas assembleias locais. Entretanto, a teoria de nicho prevê que espécies tendem a não se sobrepor no uso de recursos, um padrão que pode ser exacerbado em pequenas escalas. Neste contexto, o objetivo deste estudo é investigar como a estrutura funcional das assembleias de peixes recifais respondem ao aumento de área em três localidades no Oceano Atlântico Ocidental, sujeitas a um amplo gradiente de riqueza de espécies: Curaçao, Abrolhos e Atol das Rocas. Mais especificamente, foram avaliadas as relações entre os índices de riqueza funcional (FRic) e equitabilidade funcional (FEve) e área. Baseados nas teorias de nicho e na utilização eficiente de recursos, hipotetizamos que à medida que a área aumenta, novos nichos ficam disponíveis, e, portanto, novas espécies são amostradas. Da mesma forma, é esperado que a riqueza funcional irá aumentar com o aumento da área amostral. Por outro lado, a equitabilidade poderá diminuir, uma vez que áreas maiores podem acomodar espécies funcionalmente mais similares e concentrar maiores acúmulos de entidades funcionais em certas áreas do espaço funcional, diminuindo o FEve. Para este objetivo, foram utilizados dados de ocorrência de espécies em checklists e em censos visuais de 40 m². As espécies foram classificadas em oito atributos funcionais. Foram construídas curvas de acumulação de FRic e FEve utilizando uma extensão da matriz de dissimilaridade de Gower e Análise de Coordenadas Principais (PCoA). Os índices funcionais foram calculados a partir de randomizações de unidades amostrais (censos visuais) e contrastados com modelos nulos. Encontramos que aumentos na área amostral levam ao aumento de FRic e declínio da FEve, independente da riqueza de espécies local. Ainda, pequenas áreas amostrais são caracterizadas por alta FEve (entidades funcionais são mais uniformemente distribuídas no espaço funcional). Independente da riqueza de espécies local, os espaços funcionais são relativamente similares entre as três localidades, sugerindo que mesmo recifes isolados possuem comunidades que apresentam uma estrutura funcional mínima para manutenção do funcionamento do ecossistema. Estes padrões podem estar relacionados com a otimização no uso de recursos em áreas isoladas e pouco conectadas, um mecanismo que pode ter sido gerado por competição local. A combinação da similaridade limitante e o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis resultam em uma alta equitabilidade funcional. Estes processos, portanto, podem ter moldado a estrutura funcional de comunidades nos sistemas recifais amostrados.
dc.description.abstract Abstract: Understanding the patterns and processes that govern the functional structuring of communities along spatial scales is still a challenge in community ecology. Functional diversity is the result of the action of abiotic and biotic filters that regulate the presence and contribution of functional attributes inside the assemblages. Large-scale studies demonstrate that reef fish fauna has a high degree of functional redundancy, where the addition of species does not normally result in new functions in local assemblages. However, niche theory predicts that species tend not to overlap in resource use, a pattern that can be exacerbated at small scales. In this context, the aim of this study is to investigate how the functional structure of reef fish assemblages respond to area increase in three locations in the western Atlantic Ocean subject to a wide gradient of species richness: Curaçao, Abrolhos and Atol das Rocas. More specifically, the relationships between the indices of functional richness (FRic), functional evenness (FEve) and area were evaluated. Based on niche theories and efficient use of resources, we hypothesized that as area increases, new niches become available, and therefore new species are sampled. Likewise, it is expected that functional richness will increase as the sample area increases. On the other hand, evenness may decrease, since larger areas can accommodate more functionally similar species and concentrate greater accumulations of functional entities in certain areas of the functional space, decreasing the FEve. For this purpose, species occurrence data were gathered from checklists and occurrence and abundance data from 40 m² visual censuses. Species were classified into eight functional attributes. For each metric, FRic and FEve accumulation curves were constructed using an extension of the Gower dissimilarity matrix and Principal Coordinate Analysis (PCoA). Functional indices were calculated from randomization of sample units (visual censuses) and contrasted with null models. We found that increases in the sample area lead to an increase of FRic and a decline of FEve, regardless of local species richness. Also, small sample areas are characterized by high FEve (i.e., functional entities are more evenly distributed in the functional space). Regardless of the species richness, the functional spaces are relatively similar between the three locations, suggesting that even isolated reefs have communities that present a minimal functional structure to maintain the functioning of the ecosystem. These patterns may be related to the optimization of resource use in isolated and poorly connected areas, a mechanism to reduce local competition. The combination of limiting similarity and the best use of available resources result in a high functional equitability ? when the functional entities are more evenly distributed in space. These processes, therefore, may have shaped the functional structure of communities in isolated reef systems sampled. en
dc.format.extent 57 p.| il., gráfs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Ecologia
dc.subject.classification Recifes e ilhas de coral
dc.subject.classification Biogeografia
dc.title Relação entre a diversidade funcional e área em assembleias de peixes recifais sujeitas a um gradiente de riqueza de espécies
dc.type Dissertação (Mestrado)
dc.contributor.advisor-co Gomes, Mariana Bender


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