O OLHAR DO SERVIÇO SOCIAL DIANTE DO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS RECÉM-NASCIDAS, FILHOS(AS) DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE RUA E/OU EM USO ABUSIVO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

Abstract

Este artigo tem como tema central o trabalho do Serviço Social no atendimento às mulheres e crianças recém-nascidas mediante o acolhimento institucional, por efeito do uso abusivo de substâncias psicoativas e em situação de rua. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória bibliográfica e com abordagem de campo, a partir de entrevista semiestruturada com assistentes sociais que atuam em hospitais nas maternidades do município de Florianópolis (SC). Tem por objetivo identificar quais as estratégias estabelecidas pelo Serviço Social das maternidades públicas do município de Florianópolis, nas situações de acolhimento institucional de crianças recém-nascidas no pós-parto de mulheres em situação de rua e/ou em uso abusivo de substâncias psicoativas. Os principais resultados revelam a inexistência de uma política de proteção social voltada para esse público, bem como as escassas alternativas de encaminhamentos encontradas pelas assistentes sociais durante o atendimento pontual, que se realiza durante a internação dessas mulheres. Circunstâncias essas que reverberam na responsabilização da família e no acolhimento institucional como medida de “proteção”

This article has as its main theme on the work of the Social Service attending to the care of women and newborn children that go through an Institutional foster home, due to the abuse of psychoactive substances and a homeless situation. This is a qualitative, exploratory bibliographic research with a field approach, based on semi-structured interviews with social workers who work in maternity hospitals in the city of Florianópolis (SC). It aims to identify which are the strategies established by the Social Service of public maternity hospitals in the city of Florianópolis, in situations of the fostering of newborns in the postpartum period of women living on the streets and/or abusing psychoactive substances. The main results reveal the lack of a social protection policy directed to this public, as well as the few referral alternatives found by social workers during the punctual attendance, which takes place during the hospitalization of these women. These circumstances reverberate in the family's accountability and in the Institutional foster care as a "protection" measure.