Renda, repetência e evasão escolar no Brasil após o primeiro ano da pandemia de COVID-19: aplicação de dois modelos logit
Show full item record
Title:
|
Renda, repetência e evasão escolar no Brasil após o primeiro ano da pandemia de COVID-19: aplicação de dois modelos logit |
Author:
|
Valls, Pedro Bermond
|
Abstract:
|
O principal objetivo deste trabalho é compreender como a renda explica a repetência e a
evasão escolar de alunos do ensino médio brasileiro no contexto da pandemia de COVID-
19. Outros objetivos incluem produzir estatísticas descritivas que caracterizam a situação
dessas três variáveis no contexto da pandemia e a compreensão do papel que outras
variáveis assumem na explicação da repetência e da evasão. Nossos resultados empíricos
devem ser capazes de contribuir para o entendimento da natureza destes fenômenos
nesta etapa da trajetória educacional e sob essas circunstâncias especiais; corretamente
interpretados, devem servir de insumo para o planejamento de políticas públicas adequadas
para o combate destes dois entraves à acumulação de escolaridade. Para perseguir estes
objetivos, processamos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNADC), de modo a encontrar alunos em 2021 que repetiram de ano ou
evadiram a escola no ano anterior, e então construímos uma análise econométrica a partir
de dois modelos logit com dados em corte transversal. As variáveis repetência e evasão
são regredidas contra a renda domiciliar per capita e outras dez variáveis independentes
selecionadas em consonância com a literatura. O conjunto dos resultados encontrados
indica que o papel da renda na evasão de alunos do médio não é tão simples como haveria
de se esperar, ele é ambíguo e a pandemia introduz maior complexidade nesta questão.
Relacionamos nossos resultados com discussões presentes na literatura e propomos duas
hipóteses que podem explicar por que a renda não aparenta ser muito relevante para
explicar a evasão escolar de alunos do ensino médio nas circunstâncias analisadas. A
primeira delas afirma que durante a pandemia os alunos substituiram evasão por repetência;
não há muito incentivo para se desvincular da escola quando o aluno desinteressado pode
simplesmente não interagir com o ensino remoto. A segunda hipótese é que o aluno do
ensino médio, por já ter cumprido a trajetória escolar até este ponto, demonstra ter renda
suficiente para manter-se na escola e deve ser menos sensível a choques negativos na
renda; assim sendo, a evasão no ensino médio deve ser melhor explicada por variáveis
relativas ao mercado de trabalho. Outros resultados contraintuitivos abordados são a
contribuição positiva de morar no interior para a probabilidade de permanência escolar
e o fato de que um aluno trabalhar contribui para a probabilidade de aprovação, ceteris
paribus. Todos os resultados têm sua análise facilitada na medida em que o modelo é
rodado para anos anteriores à crise de COVID-19, o que nos permite identificar quais deles
são particularidades do período pandêmico. Por fim, de face aos resultados encontrados
e às discussões promovidas, argumentamos sobre qual deve ser o tipo de política mais
adequado para promover permanência e aprovação escolares em contextos similiares ao
deste trabalho. |
Description:
|
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Economia. |
URI:
|
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/242949
|
Date:
|
2022-12-05 |
Files in this item
This item appears in the following Collection(s)
Show full item record
Search DSpace
Browse
-
All of DSpace
-
This Collection
My Account
Statistics
Compartilhar