Avaliação do desempenho dos principais países no comprometimento para com a redução de gases do efeito estufa a partir da renovação da matriz elétrica: considerando os Tratados Internacionais do clima

Abstract

Desde o período do início da revolução industrial a energia foi se tornando cada vez mais importante, e o uso de combustíveis fósseis foi crescendo cada vez mais, mas esse crescimento gerou um elevado aumento de emissões de gases do efeito estufa, como CO2 e CH4, elevando a temperatura média global para mais de 1 ºC na atualidade. Para evitar ainda mais o aumento de temperatura, foram elaborados tratados internacionais, cada vez mais rigorosos, com foco em energias renováveis e de baixa emissão de carbono. Esse trabalho tem como objetivo analisar as a matrizes elétricas dos 15 principais países do PIB mundial, desde o estabelecimento desses tratados, por meio dos métodos da taxa média e suavização tripla exponencial, junto do método de mínimos quadrados. Para realizar essas análises foram coletados dados de combustíveis fósseis, nuclear, energia renovável, intensidade de CO2 e investimento em renováveis, utilizando os principais bancos de dados mundiais: IEA, IRENA, OUR WORLD DATA, ENERDATA. Os resultados, a partir do método de taxas médias, indicam que em relação aos combustíveis fósseis, o Brasil teve o maior crescimento anual entre os países selecionados e o Reino Unido e a Espanha foram os que mais cresceram em porcentagem de renováveis em suas matrizes elétricas. Para o investimento em renováveis notou-se que houve um crescimento até o período pré-covid de 25 % e uma retração de 20 % no período posterior. Já para os dados de intensidade de emissão de CO2 na matriz elétrica, percebeu-se elevado crescimento de emissão para o Brasil e a França, em mais de 1 %/ano, apesar de serem os menores emissores entre os países selecionados. Com o método de suavização tripla exponencial, foi possível fazer previsões para o ano de 2032. E essas previsões demonstraram que o Reino Unido em terá mais de 50 % em porcentagem de renovável. O Japão diminuirá em mais de 90 % o uso de nucleares em 2032 e a França em 2032 emitirá CO2 em sua matriz elétrica apenas um pouco mais de 7 % em relação à Índia.

Since the beginning of the industrial revolution, energy has become increasingly important, and the use of fuels has been growing more and more, but this growth has generated a high increase in greenhouse gas emissions, such as CO2 and CH4, increasing the average global temperature to more than 1°C today. To further prevent the rise in temperature, increasingly stringent international treaties were drawn up, focusing on renewable energy and low carbon emissions. This work aims to analyze the electrical matrices of the 15 main countries in world GDP, since the establishment of these treaties, through the methods of average rate and triple exponential smoothing, together with the least squares method. To carry out these analyses, data were collected on fossil fuels, nuclear, renewable energy, CO2 intensity and investment in renewables, using the main world databases: IEA, IRENA, OUR WORLD DATA, ENERDATA. The results, from the average rates method, indicate that in relation to fossil fuels, Brazil had the highest annual growth among the selected countries and the United Kingdom and Spain were the ones that grew the most in percentage of renewables in their electrical matrices. For investment in renewables, it was noted that there was a 25% growth until the precovid period and a 20% retraction in the subsequent period. As for the CO2 emission intensity data in the electrical matrix, a high emission growth was observed for Brazil and France, at more than 1%/year, despite being the lowest emitters among the selected countries. With the triple exponential smoothing method, it was possible to make predictions for the year 2032. And these predictions showed that the UK will have more than 50% in percentage of renewable. Japan will reduce by more than 90% the use of nuclear in 2032 and France in 2032 will emit CO2 in its electric matrix just a little more than 7% in relation to India.