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A musculação tem sido cada vez mais procurada por adultos e idosos e a motivação pode ser responsável pela aderência nesta prática em um longo prazo. Considerando que existem distintas razões que levam à prática de musculação, o reconhecimento de subgrupos populacionais mais relacionados a cada um destes motivos é fundamental para o estabelecimento de estratégias mais efetivas para o treino de cada sujeito. Sendo assim, este estudo teve como objetivo analisar os motivos para a prática de musculação e seus fatores associados em frequentadores de uma academia de Florianópolis, Santa Catarina. Para isso, foi realizado um estudo transversal com uma amostra do tipo intencional e não-probabilística de adultos e idosos de uma academia da cidade. Os instrumentos empregados para a coleta de dados foram um questionário e uma balança mecânica da marca Welmy com precisão de 0,5 quilogramas, com antropômetro acoplado, com precisão de 0,5 centímetros. Empregou-se a escala de motivos para a prática de atividade física para a avaliação dos desfechos do estudo: saúde, diversão, aparência, competência e social. Esta escala é composta por 26 questões, respondidas por meio de escala likert com pontuações de um (nada verdadeiro para mim) até sete (muito verdadeiro para mim). Ao final, é gerado uma pontuação ponderada pelo número de questões de cada motivo, em uma amplitude de um a sete pontos. As exposições investigadas foram: sexo, idade, cor da pele, situação conjugal atual, escolaridade, ocupação, carga horária de trabalho, índice de massa corporal (IMC), consumo de álcool, tabagismo, tempo em comportamento sedentário, presença de doenças metabólicas ou mentais, estado de saúde, frequência semanal, duração, intensidade e turno do treino, tempo e forma (individual ou acompanhado) de prática. Na análise de dados, empregou-se a regressão linear múltipla, em análises bruta e ajustada. Os resultados foram expressos em coeficientes de regressão (ß) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), coeficientes de determinação ajustados (R2) e valores p. Dentre os 99 sujeitos (63,7% mulheres, média idade: 36,0 ± 13,9 anos), o principal motivo para a prática de musculação foi a saúde (��̅ = 6,3 ± 0,8), seguido de diversão (��̅ = 5,4 ± 1,4) e aparência (��̅ = 5,2 ± 1,2). Após ajustes, foi encontrado nenhum fator com valor significativo com o motivo saúde. A diversão associou-se aos sujeitos mais jovens, sem doenças metabólicas e mentais e com menor tempo de comportamento sedentário. O motivo aparência foi: sexo masculino, pior estado de saúde e ausência de doenças metabólicas. A competência esteve associada a idades mais baixas, ausência de doenças metabólicas e mentais, maior tempo de trabalho e menor tempo de comportamento sedentário. O motivo social foi frequente entre aqueles mais velhos, sem doenças metabólicas, com maior jornada laboral, e que treinavam acompanhado. Conclui-se que são distintos os fatores associados aos diferentes motivos para a prática de musculação. |
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