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Os processos de beneficiamento têxtil são potenciais geradores de carga poluidora e degradação do meio ambiente. Nesse sentido, alternativas mais limpas e menos nocivas vem sendo um campo de estudo em constante ascensão. A semente do urucuzeiro é um material colorante versátil e utilizado em diversas áreas, com elevado potencial tintorial. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo comparar a capacidade tintorial do corante de urucum em substratos têxteis de linho sob influência de mordentes metálicos sulfato ferroso e alúmen, bem como quitosana e cloreto de poli-dialil-dimetil-amônio (PDDACl). Inicialmente, realizou-se a extração do corante de urucum em meio alcoólico, com posterior determinação da concentração dos compostos tintoriais bixina e norbixina por meio de espectroscopia UV/Vis. Para o processo de tingimento, foram testadas concentrações de corante de 10% e 20% s.p.m. tanto em substratos preparados com os mordentes estudados, quanto em substrato apenas pré-alvejado. Os tingimentos foram avaliados por colorimetria e por meio de ensaios de solidez à lavagem, à fricção e à luz. Além disso, foram realizadas análises de cinética e isoterma de adsorção, bem como análises de FTIR. A avaliação colorística indicou melhores rendimentos de cor para os substratos preparados com alúmen e PDDACl, apresentando K/S de 41,14 e 38,74, respectivamente, para o tingimento com 20% de corante. Entretanto, estes substratos apresentaram os maiores valores de ∆E para os ensaios de solidez à lavagem e à luz. O substrato preparado com sulfato de ferro e o substrato somente pré-alvejado apresentaram K/S de 25,99 e 18,68, respectivamente, sendo que o substrato preparado com sulfato de ferro apresentou os menores valores de ∆E para os ensaios de solidez à lavagem e à luz entre todos os substratos avaliados. A amostra preparada com quitosana apresentou o menor rendimento de cor, com K/S de 12,51. Com relação aos níveis de solidez à lavagem e à luz, o substrato apenas pré-alvejado e o substrato preparado com quitosana apresentaram valores de ∆E intermediários. Por meio de ensaios de FTIR, constatou-se a adesão do composto tintorial de urucum em todos os substratos avaliados. Com relação à cinética de tingimento em substrato apenas pré-alvejado, o modelo de pseudo-primeira ordem se mostrou mais adequado, já para o tingimento em substrato preparado com sulfato de ferro, o modelo mais adequado foi o de pseudo-segunda ordem. Nas isotermas de adsorção, o modelo de Langmuir se adequou tanto para tingimento em substrato somente pré-alvejado, quanto para o tingimento em substrato preparado com sulfato de ferro. Entretanto, para a preparação com sulfato de ferro, a intensidade de adsorção se mostra superior. Desse modo, o tingimento com corante de urucum se mostra viável em substrato de linho, sendo este um objeto de estudo com grande potencial. |
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