Republicar: construindo o desligamento gradual de jovens egressos das instituições de acolhimento em Florianópolis

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Republicar: construindo o desligamento gradual de jovens egressos das instituições de acolhimento em Florianópolis

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Title: Republicar: construindo o desligamento gradual de jovens egressos das instituições de acolhimento em Florianópolis
Author: Alves, Larissa da Silva
Abstract: O espaço físico é um agente modelador da sociedade e a arquitetura como principal autora deste espaço, possui um papel social na criação de ambientes democráticos, atendendo as necessidades dos mais diversos públicos. Esse papel ultrapassa as questões físicas, uma vez que o espaço, seja ele construído ou natural, influencia diretamente no âmbito emocional do indivíduo e pode ser um aliado no desenvolvimento da sua psique. Logo, pode-se pressupor que a moradia e os equipamentos essenciais pensados com qualidade física e psicológica é um direito de todos. Todavia essa não é a realidade para alguns grupos de pessoas. Ao estender o olhar para o sistema de acolhimento brasileiro, entende-se que o país possui uma séria deficiência de políticas públicas, especialmente para jovens egressos das instituições de acolhimento. No momento em que atingem a maioridade, esses indivíduos perdem a garantia de proteção pelo Estado e são obrigados a deixarem as instituições que os acolheram, em muitos casos, durante boa parte de suas vidas. Sem uma preparação adequada para esse momento e com a inexistência de políticas de pós acolhimento, os jovens vêem-se desamparados e enfrentam uma segunda sensação de abandono. Mesmo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) orientando para a existência de repúblicas que amparem jovens em situação de vulnerabilidade, são poucos os estados que atendem essa premissa e, ainda assim, mostram-se locais inapropriados e pouco convidativos para esse público. Com a crise da pandemia de COVID-19, alguns projetos de leis foram criados e outros discutidos para atender esses jovens, garantindo-lhes direitos mínimos, como o Projeto de Lei Federal n°1118/22 (antiga PLS 507/18) que determina a responsabilidade do poder público na garantia de moradia para esse público. E o projeto municipal Benefício Desacolhimento do programa Floripa Cidade Coração que garante um salário mínimo para jovens desligados em situação de vulnerabilidade, durante seis meses. Apesar dessas prerrogativas, entende-se que a problemática do desacolhimento não é somente as questões financeiras e de moradia. Jovens egressos carregam uma bagagem de traumas, oriunda da falta da rede de afeto, que atrapalham o seu desenvolvimento. Isso somado ao despreparo nas instituições, dificultam a inserção na vida adulta. Abraçando os projetos de lei e se atentando às demandas de rede apoiodesconsideradas pelas políticas públicas, o presente trabalho visa estabelecer uma relação entre a arquitetura e a psicologia ambiental, a fim de construir um espaço que garanta o desligamento gradual de jovens egressos de instituições de acolhimento, de forma a prepará-los para a vida adulta.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Arquitetura.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/244989
Date: 2023-03-08


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