dc.contributor.author |
Kerscher-Franco, Mônica Maria |
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dc.contributor.author |
Flores, Cláudia Regina |
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dc.date.accessioned |
2023-03-28T16:12:00Z |
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dc.date.available |
2023-03-28T16:12:00Z |
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dc.date.issued |
2022 |
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dc.identifier.issn |
2178-7727 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/245367 |
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dc.description.abstract |
Contexto: As transformações das obras de arte, ao longo do tempo, não seriam
o registro mais convincente de como a geometria foi praticada e transformada
historicamente? Ora, parece-nos que a pesquisa sobre geometria, seja como teoria ou
disciplina escolar, leva a uma problemática, não menos importante, que é aquela ligada
aos seus efeitos e modulações na subjetividade. Na Educação Matemática vê-se o
agenciamento da arte para fins bem específicos: o de aprender geometria pela arte.
Entretanto, a geometria não é tão somente conjunto de teoremas, conceitos e formas a
serem apreendidos, ela é também um dispositivo que, impresso em nosso pensamento,
nos faz falar do mundo e das coisas que nele estão, isto é, participa do jogo das relações
de poder, de saber, de ser, da vida e da natureza, produzindo verdades que são reiteradas
e subordinadas pelos modos de olhar, pensar e representar. Objetivos: Este artigo tem
por objetivo analisar aspectos da relação entre geometria e arte que colocam em
exercício uma matriz colonial do poder na Educação Matemática. Design: Para tanto,
apresentam-se algumas cenas, tais como cena-corpo, cena-espaço e cena-natureza,
considerando a geometria junto à arte em suas formas históricas e educacionais.
Ambiente e participantes: Apoia-se na arte, na história da arte e em pesquisas que
articulam arte e geometria. Coleta e análise de dados: Levantam-se exemplos do uso
da geometria na arte analisando, pela visualidade, o funcionamento de uma prática que
se produz e reproduz a presença e os efeitos da colonialidade do poder, do saber e do
ser. Resultados: Desvela-se uma realidade ficcional geometrizada e condicionada
pelos modos de olhar, pensar e representar, em que a geometria, operada com a arte,
conforma-se e coloca em exercício um pensamento colonial, fomentando a
desestabilização das relações de poder e saber. Conclusões: Por fim, questiona-se:
estamos criando em nossas práticas educacionais possibilidades de
desterritorializações, de linhas de fuga, de decolonialidade, para nos aventurar com
outras atitudes dentro dos dispositivos disciplinares em Educação Matemática? É preciso, pois, pensar mais sobre as verdades colocadas do que afirmá-las: por um novo
ethos ético, estético e político em Educação Matemática. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
Background: Wouldn't the transformations of artworks over time be the most
convincing record of how geometry was historically practiced and transformed? Now,
it seems to us that research on geometry, whether as a theory or a school subject, leads
to a problem, no less important, which is that linked to its effects and modulations on
subjectivity. In Mathematics Education, one sees the agency of art for very specific
purposes: that of learning geometry through art. However, geometry is not just a set of
theorems, concepts and forms to be apprehended, it is also a device that, imprinted on
our thinking, makes us talk about the world and the things that are in it, that is, it
participates in the game of relations of power, knowledge, being, life and nature,
producing truths that are reiterated and subordinated by the ways of looking, thinking
and representing. Objectives: This article aims to analyze aspects of the relationship
between geometry and art that put into practice a colonial matrix of power in
Mathematics Education. Design: In order to do so, some scenes are presented, such as
body-scene, space-scene and nature-scene, considering geometry together with art in
its historical and educational forms. Setting and Participants: It is supported by art,
art history and research that articulate art and geometry. Data collection and analysis:
Examples of the use of geometry in art are raised, analyzing, through visuality, the
functioning of a practice that produces and reproduces the presence and effects of the
coloniality of power, knowledge and being. Results: A geometrized fictional reality is
revealed and conditioned by the ways of looking, thinking and representing, in which
geometry, operated with art, conforms and puts into practice a colonial thought,
fostering the destabilization of power and knowledge relations. Conclusions: Finally,
the question is: are we creating in our educational practices possibilities of
deterritorializations, lines of flight, decoloniality, to venture with other attitudes within
the disciplinary devices in Mathematics Education? It is therefore necessary to think
more about the truths put forward than to affirm them: for a new ethical, aesthetic and
political ethos in Mathematics Education. |
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dc.language.iso |
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dc.subject |
Ensino de geometria |
pt_BR |
dc.subject |
Colonialidade |
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dc.subject |
Decolonialidade |
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dc.subject |
Matemática e arte |
pt_BR |
dc.title |
Geometria na arte? Cenas de uma colonização do olhar e do pensar em Educação Matemática |
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dc.type |
Article |
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