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O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por garantir o acesso universal, integral e gratuito à saúde para todos os cidadãos brasileiros, por meio de serviços de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, através dos seus principais princípios: universalidade, integralidade e equidade. A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada para o sistema de saúde no Brasil, considerada como uma das principais estratégias para a promoção da saúde, além de servir como instrumento para construção de indicadores de saúde e análise da saúde pública. Para efetividade do sistema, é necessária uma cobertura e a capacidade instalada adequada da APS, indicando a proporção da população que tem acesso aos serviços oferecidos neste nível de atenção por meio da proporção do número de unidades de saúde e equipes de saúde da família disponíveis diante dos usuários cadastrados na unidade de saúde, bem como qualidade desse acesso à população por meio da disponibilidade de equipamentos e medicamentos. No âmbito dos agravos de relação direta com o atendimento primário, têm-se a obesidade como um problema crescente de saúde pública, sendo uma doença crônica não transmissível que pode levar a outras doenças metabólicas, cardiovasculares e respiratórias. A obesidade tem uma relação direta com a atenção primária à saúde e o SUS, uma vez que a prevenção e o controle dessa doença são fundamentais para a promoção da saúde e prevenção de. Neste sentido, a pesquisa objetivou analisar os indicadores de obesidade e o estado nutricional relacionados a cobertura e capacidade instalada da Atenção Primária à Saúde nas Regiões de Saúde de Santa Catarina. Trata-se de um estudo transversal, exploratório-descritivo, por meio da análise do coorte dos dados públicos provenientes do e-Gestor AB da população compreendida por pessoas com indicadores de sobrepeso e obesidade residentes no Estado de Santa Catarina. Foram extraídos e correlacionados dados referentes ao estado nutricional, e Cobertura e Capacidade Instalada da Atenção Primária à Saúde. Através da organização e a análise dos dados no mês de março de 2023 com o suporte do Software EPIINFO® versão 7.2.5, observa-se que o Estado de Santa Catarina compreende uma cobertura e capacidade instalada de 95.27%, sendo subdividido por Regiões de Saúde: Alto Uruguai Catarinense (80,30%), Alto Vale do Itajaí (94,15%), Alto Vale do Rio do Peixe (80,94%), Carbonífera (86,42%), Extremo Oeste (99,87%), Extremo Sul Catarinense (88,87%), Foz do Rio Itajaí (79,41%), Grande Florianópolis (91,11%), Laguna (99,48%), Médio Vale do Itajaí (95,82%), Meio Oeste (91,75%), Nordeste (85,12%), Oeste (100%), Planalto Norte (85.19%), Serra Catarinense (95.76%), Vale do Itapocú (59,85%), Xanxerê (94,64%). Além de que o estado nutricional dos indivíduos das Regiões de Saúde catarinense em janeiro de 2023 foi superior em sobrepeso + obesidade comparado ao eutrófico: Alto Uruguai Catarinense (69,13), Alto Vale do Itajaí (72,68%), Alto Vale do Rio do Peixe 71,21%), Carbonífera (68,75%), Extremo Oeste (68,6%), Extremo Sul Catarinense (70,82%), Foz do Rio Itajaí (69,42%), Grande Florianópolis (71,02%)), Laguna (71,18%), Médio Vale do Itajaí (68,73%), Meio Oeste (69,49%), Nordeste (75,43%), Oeste (71,56%), Planalto Norte (70,77%), Serra Catarinense (72,11%), Vale do Itapocú (70,76%), Xanxerê (70,1%). Com isso, considera-se que ao longo os índices de sobrepeso e obesidade na sociedade são elevados, o que indica que as políticas públicas atualmente em vigor não estão surtindo o efeito esperado, além das limitações dos próprios indicadores utilizados para mensurar essas condições. Deve-se refletir sobre a efetividade das ações implementadas e avaliar se elas estão sendo desenvolvidas de forma adequada para atender às necessidades da população, além de ofertar a Educação Permanente de trabalhadores da saúde, reforçar ações de promoção da alimentação saudável e prática de atividade física, construção de políticas públicas que contemplem dimensões desde a prevenção até o tratamento e acompanhamento de pessoas com sobrepeso ou obesidade. É fundamental compreender que a obesidade é uma doença complexa, que envolve diversos fatores biológicos, comportamentais, psicológicos e sociais. Portanto, é necessário adotar uma abordagem humanizada e integral no cuidado, valorizando as suas características e singularidades. É preciso promover a saúde e o bem-estar de forma inclusiva e respeitosa, reconhecendo que cada indivíduo tem suas particularidades e necessidades específicas. |
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