Direitos humanos, moralidades e conflitos: o Instituto Arco-íris na busca e luta por direitos

Abstract

Esta monografia apresenta-se como uma etnografia sobre o Instituto Arco-íris de Direitos Humanos, localizado em Florianópolis (SC), tendo como interlocutores os “usuários” e os funcionários da instituição e como foco principal suas atividades e rede de apoio, a qual inclui principalmente os Movimentos Sociais e o Estado. Esta pesquisa tem como objetivo descrever como a instituição amplia seu impacto a partir dessa atuação conjunta de sua rede com seus “usuários”. Ao apresentar como a instituição amplia seu impacto a partir dessa atuação conjunta com sua rede para com seus usuários, percebe-se como se constroem e se organizam a relação instituição-usuário a partir do Centro de Convivência e Cultura, principal projeto observado. Descrevendo sua trajetória e história de resistência, a etnografia aborda ainda alguns aspectos práticos do funcionamento da organização, o qual possibilitou a existência da mesma ao longo de seus 25 anos, e também do funcionamento da oficina. Apresentando dificuldades, conflitos e acesso a cidade, foi observado como certas sensibilidades legais e morais são evocadas perante esse trabalho. Além disso, percebe-se, através de discursos emocionais, como esse espaço é importante para operar certos modos de o acesso (ou não) a direitos por grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade social que buscam os seus serviços, por exemplo o acesso à arte, o acesso à cidade e a espaços de escuta.

This monography presents itself as an ethnography about the Arco-iris Institute of Human Rights, located in Florianópolis (SC), having as interlocutors the "users" and employees of the institution and as its main focus its activities and support network, which mainly includes Social Movements and the State. This research aims to describe how the institution expands its impact from this joint action of its network with its “users”. When presenting how the institution expands its impact from this joint action with its network towards its users, it is noticed how the institution-user relationship is built and organized from the Centro de Convivência e Cultura, the main project observed. Describing its trajectory and history of resistance, the ethnography also addresses some practical aspects of the organization's functioning, which enabled its existence throughout its 25 years, and also the functioning of the workshop. Presenting difficulties, conflicts and access to the city, it was observed how certain legal and moral sensitivities are evoked in this work. In addition, it is possible to perceive, through emotional discourses, how this space is important to operate certain modes of access (or not) to rights by groups of people in situations of social vulnerability who seek their services, for example access to art, access to the city and to listening spaces.